quinta-feira, 19 de maio de 2022

COURO DE BOI

Caro Amigo,Tenho,Ainda
Hoje,Convicções de que
nessa Observância que
Gosto de Fazer,Estar o
Segredo Feliz não só das
Lembranças,como uma
Importante Maneira de
Fazer Chegar aos Amigos 
e Amigas tudo Isso.
A nossa Mente é um
Arquivo Prefeito,Este
Arquivo Guarda tudo que
nos Acontece ao longo
dos Anos.
Este Penoso às vezes
Feliz Itinerário,Mas que
Todos Trassamos ao longo
dos Anos para cada um de
nós é Importante,são algo
que não se pode Apagar 
da Nossa Mente.
Depois de Percorrer um
Longo e Penoso Itinerário
Cuja a Missão é fazer a
Travessia Runo ao tão
Sonhado Acerto de Contas
com o Divino Criador,que
há de nos Julgar por tudo
que fizemos ou deixamos
de Fazer.
Dia desse em Casa ao
Revirar Este Arquivo
Lembrei-me de Algo que
Acontecia com Frequência
nos Tempos Idos.
No Sertão Boa Parte da
População tem o Poder
Aquisitivo Baixo,são
Poucos os que tem uma
Certa Folga Aquisitiva.
Mesmo Assim Cada um
se Vira como Pode,o que
não Muda é a Capacidade
que cada um tem em
Receber Bem os Visitantes.
Lembro-me Bem,Ainda
Criança,Saia pela Roça
com meu Pai,para Visitar
os Amigos.
Em cada Casa na Roça,
Principalmente às que
ficavam na Beira das
Estradas,todas elas tinha
Algo em Comum(Um
Couro de Boi)Explicar-
vos Ei mais à Frente,Antes
falar-vos Ei do Preparo do
Dito Cujo.
Quando Matava um Boi,
Principalmente Quando o
Boi Era Grande,Geralmente
o Couro Era Reservado,pois
Este Tinha uma Grande
Serventia(A Cama para os
Visitantes)Vamos ao
Preparo,o Couro Era
Estendido ao Terreiro,
Cortava se Trés ou Quatro
Varas,Formando um X,
Amarrava Esticava o Couro,
Pegava se uma Corda que
Geralmente Era feita do
Caroá,Pendurava o Dito
cujo numa Árvore,pois se
Deixasse ao Chão os
Cachorros fazia a Festa,ou
melhor,Roía.
Depois de Alguns Dias,o
Dito cujo Estava Pronto,
com um Certo Ranço,porem,
com o passar dos Meses o
Cheiro Ia Ficando mais
Fraco.
Agora, o porque do Couro
em cada Casa na Roça,o
Couro Servia de Esteira
para Estender se ao Chão
no Preparo da Cama para
os Visitantes que fosse
Pousar naquela Casa.
Naquele Tempo Era Comum
os Visitantes Pedirem  Pouso
nas Casas que ficava nas
Beiras das Estradas.
Em Cada Casa tinha um
Couro Encostado num
Canto,Quando Chagava
um Viajante a Procura de
um Pouso,Era só Colocar-
lo num Canto da Varanda
que os Viajantes Dormiam
o Sono dos Justos.
Naquela Época não havia
a tal da Violência,as
Pessoas Ainda não Tinha
Sido Contaminado pelo
Vírus da Corrupção,Volta e
Meia Tinha um Visitante
para a nossa Alegria,pois
Era Inúmeras as Historias
que Estes Contavam
Durante o Jantar.
Vejo com Tristeza que
tudo isso ficou para Trás,
não há mais essa Confiança
Entre as Pessoas,é cada
um para si,e Deus para nós
Todos.
Dado que,ao Lembrar de
mais Essa,fiz Questão de
Vos Contar,para Mostrar-
vos que as Vezes não
Precisamos de Muito para
Sermos Felizes,tão Somente
a Acolhida de Alguém que
nos Procura.Paz e Bem.....

Raimundo Sucupira


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