quinta-feira, 17 de junho de 2021
CUTUCANDO O BICHO
Caro Amigo,Como Costumava Fazer
Antes dessa Famigerada Pandemia,
todos os Domingos Saia Bem Cedo
para Fazer as Minhas Andanças,Saia
pelo Sertão para Fazer o que Sempre
Fiz,a Busca por uma Novidade,uma
nova Historia.
Em Meio a Essa Praga Cujo o Nome
é Pomposo(PANDEMIA)vi-me de
uma Hora para Outra Obrigado a
ficar em Casa, Deixar de fazer o que
Mais Gostava,as Minhas Andanças.
Dia desse ao Terminar de Molhar as
Hortas nos Fundos da Minha Casa,
Sentei-me num Canto para Observar
as Plantas.
Com uma Certa Tristeza Comecei a
Folhar as Paginas da Mente,ao fazer
isso não pude deixar de voltar no
Tempo,as Várias Passagens que nos
Aconteceu.
Lembrei-me de uma muito Engraçada
que Aconteceu-me numa dessas
Andanças,ao Andar Bastante pelo
Gerais não vou dizer o Nome desse
Lugar para não Identificar as Pessoas.
Depois de Vagar por Várias Léguas,
Cheguei a um Corredor o Dito
Corredor Era Bastante Estreito,vi que
não dava para Entrar com o Carro,o
Carro teria que ficar para Trás,não
tinha outra Maneira.
Sair do Carro,Olhei para um Lado e
para o Outro,para Cima e para Baixo,
não via Outra Solução.
Ai tive uma Ideia meio que Infantil,
Subir na Cerca,de Cima da Tal Cerca
nada a Vista,Resolvi Seguir em Frente
a Pé.
Peguei os Apetrechos no Carro,deixei
o Dito Cujo Encostado na Cerca e
Partindo logo em Seguida.Depois de
muito Andar,Quase ao final do Dito
Corredor,Avistei um Cancela,ao
Chegar à Dita Cancela,vi uma
Passagem ao Lado da Cancela,a dita
passagem Era daquelas que Parece
um S,para Passar Você tem que
Acompanhar as Voltas,foi o que Fiz.
Deu um Certo Trabalho para Passar,
pois a Coluna não vai Muito Bem,e
Tinha que fazer as Voltas,a Dita
Estrovenga Era feita da Lasca da
Aroeira.
Já Dentro da Propriedade,peguei
uma Estradinha,na Primeira volta do
Caminho Avistei uma Pequena Casa,
Apertei os Passos,ao Chegar à dita
Casa,já Escutei o Alarido, tratava se
de uma Casa com Bastante Crianças.
Como toda Casa na Roça tinha um
Puxadinho ao Lado,essa não poderia
ser Diferente.
Bati Palmas,Logo fui Notado,não
Pelos Humanos,Mas pelo Cachorro,
só depois pelos Humanos.Ao meu
Encontro veio um Senhor meio que
Assustado,Sismado,no Entanto,com
um Sorriso Acanhado.
Logo o Cumprimentei,Bom Dia meu
Senhor!meu Nome é Raimundo
Sucupira!Respondeu-me,Dias,o meu
é Ataliba!Indaguei-lhes,posso ter um
Dedinho de prosa com o Senhor!disse,
Pode Sim Senhor!meio Sismado falou,
é coisa do Governo?disse que não,há!
Bom!Como Sempre Preferi ir para o
Galpão,a Gente fica mais a Vontade,é
Bem Melhor.
Como um Bom Observador,vi que a
Família Era Bem Grande,tinha mais
de 8 Crianças isso só as que vi Correr
de Mim.Logo Apareceu ao Terreiro
uma Mocinha Vestindo um Vestido de
Chita Vermelho,a Dita Estava com a
Vassoura feita do Pendão do Capim
em Mãos,tudo para Varrer o Terreiro.A
Dita Mocinha toda vez em que Olhava
para Ela logo tratava de Abaixar a
Cabeça e Varrer com Rapidez,Devido
a Timidez.
Ao Ir para o Galpão,um dos Peraltas
nos Acompanhou,Este Era um pouco
mais Ladino,Puxei uma Tora que tava
ao Chão,a Dita Tora Era da Madeira
Tamboril,a Medeira Tamboril quando
Seca fica Leve,Ele Também fez o
Mesmo com a Outra.Eu Sentei-me
Numa e Ele na Outra.Ao ver o Grande
Numero de Crianças,lhes Indaguei,
Quanto são os Filhos?Respondeu-me,
11 Senhor?tem 3 Casados e 8 Mora
aqui!Também notei Algo Estranho
com o Peralta que Estava Conosco,o
Dito Cujo não Parava de Coçar os Pés,
Como sou Malaco Velho fiquei de
Olho,Olhei em Volta,vi uma Senhora
logo ao Fundo da Casa as Voltas com
um Frango a Depena-lo,logo pensei
Comigo,hoje tem Frango no Almoço,
Mas com Tantas Bocas não dar nem
para o Buraco dos Dentes.Mas o
Sentido Estava no Peralta que não
parava de Coçar os Pés,ao ver um
Pequeno Chiqueiro perto da Casa,não
Tive Duvida Era Bicho de Porco,olhei
para o Lado,vi um Pé de Limoeiro,o
Limoeiro tem os Espinhos Grandes e
Pontudo.
Não Tive Duvida,Indaguei ao Senhor
se Poderia ver os Pés do Peralta,disse
que Sim,Levantei-me, Peguei o
Canivete que Carrego no Cinto,fui ao
Pé do Limoeiro,Arranquei um Espinho
dos Bons,Voltei,Sentei-me Novamente,
Catei o Peralta pelo Pé,coloquei o seu
Pé na Minha Perna.
Segurei o Pé do Dito Cujo,fui direto
ao Dedão,lá Estava um Enorme Bicho,
Encarquei o Espinho no Bicho,tirando
as Lendias,o Peralta não deu um Pio,só
Fungava,Peguei o Chifre que o seu Pai
Tinha em Mãos com o Rapé,peguei
um Pouco do Rapé colocando em
Cima do Buraco.
Depois Soltei o Peralta que saiu aos
Borbotões,o Senhor Retrucou,esses
Meninos não para de Brincar lá no
Chiqueiro,é nisso que Dar.Proseamos
mais um Pouco,até que Chegou a Hora
de Fazer o Caminho de Volta com a
Promessa de Voltar para Mais um
Dedinho de Prosa,coisa que Ainda não
é Possível por Conta dessa Famigerada
Pandemia.
Dado que essa é mais uma das Historias
que nos Aconteceu e que faço Questão
de vos Contar,faz Bem a nossa Alma.
Paz e Bem....
Raimundo Sucupira
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