quinta-feira, 28 de outubro de 2021

PERTINHO DAS NUVENS

 

Caro Amigo,Em Meio a Essa
Pandemia,a Única coisa que
nos Resta é Cuidar dos 
Afazeres da Casa,no meu 
Caso,das Hortas que Cultivo
nos Fundo da Casa.
Dia desse depois de Molhar 
as Hortas,Sentei-me no meu
Pequeno Banco num canto 
do Quintal,donde poso 
Sentar e Contemplar a 
Beleza das Plantas.
Quando vem a Inspiração
Pego o Caderno e a Caneta
e Deito ao Papel tudo que
Vem-me a Mente.
Tudo isso Gera Muitas das
Minhas Crônicas e Poesias
que Faço Questão de chegar
Até Vos.
Num Desses Momentos Eis
que de Repente,Surge o
meu Neto para ter Comigo,
Este a Segredar as suas
Invencionices da Infância.
Ao Escutar tudo aquilo não
Aguentei,não foi Possível
deixar de voltar no Tempo,
mais Precisamente nos 
Tempos de Criança,Donde
Relembrei-me de Algumas
Passagens,dentre elas Essa
que volo Contarei Agora.
Dizia-me o Peralta de que
Quando Crescer Haverá de 
Voar Bem Alto,Pertinho do
Céu,das Nuvens,Diante de
Tais Afirmações,Quem sou
Eu para Discordar,tão 
Somente Rogar ao Divino 
que Prolongue um Pouco
mais Essa Minha Passagem
por Este Plano para ver 
Tamanha Ventura.
Dito Isto,Peço Licença para
Expor-lhes um Projeto em
Trazer de Volta as Passagens
Importantes que já nos
Aconteceu e que ao longo
Dos Anos foram Caindo no
Esquecimento.
Não há Nada mais Trágico 
que as Fatalidades deste
Mundo,Cuja a Rapidez
Ainda lhes Agrava a 
Capacidade de Manter-se
Focado nas suas Memorias,
Com Sorte,em tão Breve
Trajeto Cada um há de 
Acabar as Suas Tarefas,ou
Seja,a Sua Historia.
Ao Ouvi Tais Afirmações
de tão Pequeno Ser,não foi
Possível Deixar de dar essa
Volta ao Tempo.
Ainda Criança,com 5 para 6
Anos,Quando Passava um
Avião,mesmo que muito 
Alto,ficava a Contemplar
Tamanha Beleza.Quando
Percebia que o Dito Cujo Ia
Pousar Aqui em Paramirim,
não pensava duas vezes,saia
aos Borbotões Rumo ao
Campo de Pouso que ficava
nos Fundos da Casa do Nené
de Fabiana perto da Lagoa 
do Barro,Donde fica Hoje a 
Feira Livre.
Depois da Correria,Quase
Sempre não Chegava a
Tempo de ver o Avião
Pousar.
Mesmo com os Bofes Preste
a Sair pela Boca devido a
Carreira,Subia na Cerca para
Contemplar Tamanha Beleza.
De vez que Quando os 
Pilotos nos deixava Chegar
um pouco mais Perto da
Aeronave,Ai Era só Alegria,
Ficava Horas a Contemplar 
Aquele Enorme Pássaro de
Ferro,Imaginando o Quanto
deveria ser Bom ficar Bem
Pertinho das Nuvens,Olhando
tudo lá de Cima.
Há,a Volta para Casa?Quem 
se Incomodava com uma
Caminhada depois de Tanta
Aventura!Ninguém 
Reclamava,Era só Alegria,
Coisas que só os Peraltas 
Sentem na Infância.
É por essas e Outras que,não
se pode Jamais Impedir que
um Peralta Exerça o seu 
Sagrado Direito às 
Brincadeiras,a Curtir as 
Aventuras e aos Seus Sonhos.
Dado que,Essa é mais uma
das Inúmeras Historias que
já nos Aconteceu e que faço
Questão de vos Contar,tudo
isso Irá nos Trazer um Pouco
de Alento a Alma.Paz e Bem...

Raimundo Sucupira 

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