quarta-feira, 7 de setembro de 2022
BORREGA
Caro Amigo,Sertão,Bem nos
Confins, no Fundo do
Fundo,Adonde o Longe fica
Perto do Nada,mesmo assim a
Vida sé faz Presente.
Aqui nada sé perde,de tudo sé
Aproveita,Até o que Morre
Alimenta o que Vive,Lutar
Pela Vida é a Regra.
Uma Casa Miúda ao Pé da
Serra,Dum lado o Minador
que nunca Seca,Água o ano
Inteiro,sede não sé passa,a
Gameleira Erada,a Cacimba
cercada pra mod não aterrar.
O dia Raiou,os Viventes já
estão de pé,o Sertão Lumiou,
a Lida começou,no chiqueiro
a Porteira sé Abriu o Rebanho
Saiu.
Espalhou-se pela Capoeira,as
Cabras e Cabritos,todos
Famintos querendo Comer,a
Rama Fresca,Vistosa,saborosa
pronta para ser Comida.
As Bocas Apressadas cortando
a Rama,comendo sem parar,o
vai e vem as Borregas,as
Mamadas,as Brincadeiras,corre
pra la.corre pra cá,Distância do
Riacho,a Burrega.
A Beira do Riacho Mato a
Fundo,não Mato Ralo,mas
Mato Grosso,de Assombração,
sem Clareza,Adonde pouco sé
vê.
Lugar Assombroso,perigoso,
Adonde o Perigo é Constante,o
Vivente corre perigo,o Matador,
o Comedor sempre a Espreita.
Lugar Adonde o Faro é o
Divisor entre a Vida e a Morte,
quem fareja vive,quem não
fareja Morre,essa é a Regra.De
uma Hora para a Outra as coisas
mudam,o cheiro de Enxofre,
cheiro de Morte,em meio do
Mato a Prisunha,Olho Vidrado,
Unhas Afiadas.
A Borrega Distraída,sem parar,
não sabe o que lhes espera,o
Bote Certeiro,a Unhada segura,
a Mordida sem Dó,a Sangria
Perfeita.
Momento Fatal Adonde o
Predador e a Presa no embate
entre a vida e Morte.O pulo
certeiro,as garras afiadas,a
Mordida Fatal,a queixada firme,
Caninos pontudos,corta feito
Faca,o Último Berro,Borrega
Esperneou-se,não Resistiu,
Morreu,foi Arrastada,Comida.
A Procura,o Berro da Mãe tudo
em vão,a Borrega que antes
Vivia,Brincava,Agora Morta,de
Morte Matada,Comida por fera
Medonha.
Depois da Caçada o Caçador sé
Retira,Embrenha na Mata,deixa
pra trás a Carniça,o Resto,tem
quem aproveita,por aqui nada sé
Perde.
Entra em Cena o Carcará,o
Limpador do Sertão,por ele
nada passa Despercebido,tudo
sé Vê do Alto,faro fino,Bem
apurado,nada passa nem um
taquinho,a Limpeza é total,de
Primeira.
É como diz o Ditado,é do Ar o
Urubu,e do chão o Cururu,e
Assim sé Segue a Vida nesse
Sertão que tando Amamos,que
nos Acolhe como um Pai
Acolhe seus Filhos.
O Sertão é Mesmo Assim,
Enquanto que uns Morrem
outros Nascem e a Vida que sé
Segue,o Tempo não Para.
A Natureza é Sábia,tanto nos
dar como nos Toma,Aqui nada
sé Perde,tudo sé Ganha,é só
fazer a Escolha Certa que a sua
Recompensa Virá.
De modo que,Viver aqui,não é
Custoso,Custoso é pensar em
sair daqui,pois esse é o melhor
lugar do Mundo para sé Viver.
Eita Sertão que Quero Bem.Paz
e Bem....
Raimundo Sucupira
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deu-se em conseqüência da colonização e exploração das minas do rio das Contas, no município de Rio de Contas, quando portugueses e brasileiros, seguindo pelas margens do Rio Brumado, cujas nascentes se controvertem no pico das Almas com as do rio Paramirim, lograram acesso às minas de ouro do Morro de Fogo nas proximidades do Vale do Paramirim, onde se encontra localizada hoje a cidade deste nome.
Sua área total é de 1.116 quilometro quadrados e a população de 2.00 é de 18.921 (dezoito mil novecentos e vinte e um habitantes). Seu clima é quente, na época das trovoadas (Verão), e agradável no resto das estações. Sua vegetação é predominante de Caatinga. A altitude da sede municipal é de 654 metros acima do nível do mar. Seus principais recursos econômicos são a agricultura, pequenas indústrias, a silvicultura, que, depois das atividades domésticas é o ramo ocupacional mais numeroso.
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