segunda-feira, 4 de junho de 2012

MOLEQUE DE RECADO

Cai na jurema neguinho
sapeca,
o coronel prometeu lhe
peia.
Enterteu se no jogo de
peteca,
não foi carrar areia.
Sebo nas canelas
neguinho,
que la vem o coronel.
Acoita na fazenda do
vizinho,
ele quer teu coro como
troféu.
Esqueceu se que es de
recado,
não é tua a vontade.
Quando do peito foste
tirado,
foi com ele a liberdade.
A liberdade não tem
preço,
muito menos a cor.
Esses versos vos
ofereço,
para relatar o vosso
clamor.

Raimundo Sucupira

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