sexta-feira, 13 de novembro de 2020

CACO DE TELHA

 
Caro Amigo,Em Meio a Essa
Pandemia,Nesse Confinamento
Forçado,Donde somos Forçado
a ficar Trancados em Casa,
sem ter muito o que fazer,o
Jeito é partir para a Imaginação,
ou seja,o Pensamento.
Essas Coisas para Mim não é
lá tão Difícil,pois para um
Poeta é coisa fácil,tão fácil,
como é tirar Doce da Boca de
Criança.
Alias,por falar em Criança,
Essa Minha Crônica fala de
um Peralta,um Amigo de
Infância.Dia desse ao ver a
Peleja da Mulher para levar o
Neto para Tomar Banho,ao
ver aquela Cena não Pude 
deixar de Voltar no Tempo,lá
pelos Idos dos Anos 60.
Tinha um Amigo que não
gostava de Tomar Banho,o
dito cujo Fugia do Banho
como o Cão foge da Cruz,só
Molhava o Corpo Quando era
pego de Surpresa por uma
Chuva,isso se não Encontrasse
um lugar para Esconder se.
Muito Bem,Quando Olhava
para os Pés do Peralta via se 
ao longe os Cascões,ou 
Melhor,a Tiririca.
Num Certo dia,Minha Mãe
que Era Amiga da Mãe do
Dito Peralta,depois de Pilar 
o Arroz para o Almoço,foi
direto para o Monturo donde
pegou uma Abobra Jerimum
colocou num Pequeno Balaio
dizendo-me,Vamos Comigo
até a Casa da Cumad Coló!
levar Essa Abóbora.
A Mamãe pegou o Xale 
Enrolou,fez uma Rodilha donde
colocou o dito Balaio com a
Abóbora,Seguimos logo em
seguida Rumo à Casa da Dona
Coló,
Ao chegarmos na dita Casa,a
Mamãe gritou,ô de Casa!ô de
Casa!Respondeu lá de Dentro,
ô de Fora!a Mamãe disse é a
Calmira!Dona Coló Gritou
Entra Cumad!Entramos,fomos
direto para os fundos da
Velha Casa.
Ao chegar lá demos de Cara
com a Dona Coló com uma
Gamela de Roupas sentada 
numa Pedra donde lavava as
Mesmas.Só que Antes 
Encontramos o meu Amigo
Argemiro,a Minha Mãe Olhou
o Dito Cujo de Cima para
Baixo,de Baixo para Cima,
sem nada dizer.
Fiquei com ele é Claro,
Enquanto que a Mamãe foi
ter com a Dona Coló,minha
Mãe falou Algo ao pé do
Ouvido da Dona Coló.
Eis que de Repente,a Dona
Coló veio em nossa Direção,
Passou a Mão no Amigo 
Argemiro,levando o aos
Borbotões até a Pedra,Pegou
um Caco de Telha,passou de
lá para cá num pedaço de 
Sabão que estava em cima do
Girau Donde Colocava as
Roupas.
Segurou o Peralta Entre as
Pernas e Meteu-lhes o Caco
de Telha aos Pés,Passa para
lá,passa para Cá,Grita de Lá,
Grita de Cá,foi Grande a
Peleja para tirar a Tiririca.
Quando Soltou o Coitado,os
Pés Estavam todo Despelado.
Ainda Manquitolando,com
os Pés Minando Sangue,pois
o Caco de Telha é Cascudo,o
Coitado Estava com os Pés
em Chagas.
De modo que,Depois de ver
Aquela Cena,Nunca Mais
deixei de Arear os Pés,Afinal,
Quem Tem Tem Medo....

Raimundo Sucupira




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