quinta-feira, 5 de agosto de 2021

CAFUNÉ


 Caro Amigo,Em Meio a Essa
Famigerada Pandemia,donde
nós somo forçados a ficar em
Casa Enfurnados,não nos 
Resta Outra Saída a não ser 
Voltar no Tempo,ou seja,aos
Velhos e Bons Tempos.
Dia desse,ao Sentir-me
Acossado pela Melancolia,
do Confinamento,Tratei logo
de dar umas Voltas no Tempo.
Lembrei-me de Algo que
Acontecia com Frequência na
nossa Infância,Ainda Criança,
Gostava de Juntar-me aos
Adultos,para Ouvir as Suas
Historias e Algo mais que
isso,Assim que Estes 
Juntavam-se aos Adultos
Algo Acontecia,o Famoso e
Delicioso Cafuné.
Coisa que são poucos os que
Sabem o Significado.
Para os que não Sabem do que
se Trata,Falar-vos Ei,o Cafuné,
é Alguém Catar Piolho de
Mentirinha na sua Cabeça.
Vos Confesso que não há nada
mais Delicioso que isso,Coisa
que ao longo dos Tempos ficou
para Trás.
Ainda Criança,não Aguentava
ver uma Roda de Samba,uma
Reunião de Adultos em volta
de uma Fogueira,ou uma
Noite de Lua Cheia,que la
Estava Eu.
Espremia-se para Entrar entre
os Adultos até, que conseguia
um Lugarzinho pois não
demorava e logo Aparecia uma
Mão Generosa,que sem demora
Começava a fazer o Cafuné.
Essas Mãos Generosas logo
começava a sua Missão,que era
Matar Piolhos de Mentirinha,
era uma Delicia.
Naquela Época as Crianças Era
um Pouco mais Respeitosa e
Amorosa para com os mais
Velhos.
Afinal,Ainda não Tinha Celular
nem Computador,os Brinquedos
Era Simples,o Contacto com as
Outras Crianças Era Frequente.
Volta e Maia Tinha um Amigo a
sua Procura para Brincar,nada
de Maquina,tão somente as
Brincadeiras Saudável.
Só Quem Viveu essa Época é
que sabe do que Estou a Falar,
nas Noites de Lua Cheia,os
Mais Velhos Sentados Sobre as
Calçadas a Contar Historias,Em
Fim,as Coisas que as Crianças
Viveram naquela Época.
Com 20 para 30 Anos,já 
Casado,todas as Tardes Eu ia à
Casa da Minha Mãe que Ainda
Estava Entre nós para Receber 
o Devido Cafuné.
Quando Eu Chegava Ela já
Sabia,Sentava Sobre o Velho
Banco de Peroba que Tinha na
Sala.
Eu Tratava Logo de Deitar no
seu Colo,e logo Ela começava
a Fazer o Cafuné.
Depois de Algumas Horas,que
Voltava para a Minha Casa,isso
Perdurou Até o dia em que o
Divino a Levou,que Saudade 
da Minha Mãe,dos seus Cafunés,
Tempos que não Voltam Mais.
Ainda Atordoado pela Saudade
da Minha Mãe.O Único Amor
de Verdade que já Tive nessa
Vida,vos faço um Apelo,não 
deixe a sua Mãe só nem por
um Segundo,isso poderá fazer
Falta para o Resto da sua Vida.
Eu sei o quanto  essa Falta tem 
me Atormentado,por isso não 
deixe que isso venha Acontecer,
Mãe é uma só.
Dado que,Quem Viveu essa
Época,Viveu,Quem não Viveu,
não Viverá Nunca Mais.Para nós
que Vivemos só Resta Relembrar
e Lamentar.Paz e Bem....

Raimundo Sucupira

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