quinta-feira, 12 de agosto de 2021

TINTANDO O COCO

Caro Amigo,Antes da Pandemia
Costumava Fazer as Minhas
Andanças pelo Sertão,tudo isso
em Busca de Novidades,
Algumas Historias Nova,como
a que Volo Contarei Agora.
Num Certo Domingo,Sair para
Mais uma Andança,Peguei meu
Carro sair Rumo à Roça,depois 
de Andar por Algumas Léguas,
ao passar em frente a uma
Propriedade,vi um Senhor 
Capinando perto da Cerca.Parei
o Carro e lhes Gritei,Olá meu
Senhor!Respondeu-me,Olá seu
Moço!Lhes disse,meu Nome é
Raimundo Sucupira!sou um
Escritor e Poeta!Estou fazendo
umas Andanças pela Redondeza!
para Saber de Algumas
Historias! das Pessoas Antigas!
Tem Alguém mais Velho em 
Vossa Casa?Respondeu-me tem
o meu Pai e a Minha Mãe!lhes
Indaguei,posso Falar com Eles?
Respondeu-me Pode!Ok!Então
vamos!o Senhor Encostou a
Enxada num Pequeno Toco,e
Cobriu a Cabaça que Estava ao
Lado do tal Toco,Arrancando
uns Galhos de Malva Branca,e
Fomos de Encontro à Dita Casa.
Em Meio ao Caminho lhes 
Indaguei a sua Graça,Respondeu
me José Francisco dos Santos,
Mas me Chamam de Zé de
Abilio!pois meu Pai se Chama
Abilio!Ele já Estar Beirando os
90 Anos!Ao Chegarmos a dita
Casa,o Senhor Convidou-me
para Entrar,ao Entrar, Sentei-me
num Velho Estrado,tinha os
Sofás Mas Preferir Sentar-me
no Velho Estrado.
Antes de ser Recebido pelo
Velho Senhor pude Ver uma
Foto Antiga num Quadro que
Ficava numa Parede Perto do
Corredor.
Eis que de Repente,Surge sua
Mãe,Usando um Avental de
Algodão Riscado Tendo em 
Mãos um Pequeno Pano pois
Este Estava Sendo Usado
na Lida no Fogão a Lenha,a
Julgar pelas Manchas de 
Carvão no Avental.
Este Tratou logo de nos
Apresentar,Esta é a Mina Mãe
Bela!a Cumprimentei,Bom dia
Sá Bela!Respondeu-me Dias
meu Filho!o Zé lhes Indagou,
Cadê meu Pai?a Velha deu uma
Rabanada e Resmungou,Sei lá!
Deve tá lá no Deposito Tintando
o Coco!Duns Tempos pra cá deu
para Tintar o Coco para 
Esconder os Cabelos Branco!
Finalizando,Velho Besta!ô obra!
Gente Quá!Bateu-me uma
Vontade Danada de Rir,porém,
não o fiz,Segurei,Afinal,isso
não Cairia Bem.
Logo me Prontifiquei para ir
ao tal Deposito,pois nesses
lugares sempre Encontramos
Alguma Novidade,ao Chegar 
ao Deposito Encontrei o Velho 
Sentado num Pequeno Caixote,
com uma Língua de Teú em
Mãos,para os que não Sabem,a
Língua de Teú é uma Faca já
Gasta.
Ao Apresentar-me já fui logo
puxando Prosa,ao ver as 
Correias,lhes Indaguei,o porque
daquelas Correias,Respondeu
me,há meu Filho!Essas Correias
é para Amarrar as Alpercatas!já
Estou Ficando Velho!Andando
Arrastado os Pés!não tem 
Focinho que Aguenta!Lhes 
Indaguei,o Senhor não tem um
Bom Caso para nos Contar?ele
Olhou-me e disse,vou lhes
Contar o Caso da Livusia!faz
muito Tempo!Inda Estava com
as Pernas Boa!Gostava de
Dançar Forró!de dar um Cheiro
no Cangote das Morenas!ai Eu
Sair Escondido da Bela!Selei
o Cavalo!e fui no Forró Sete
Léguas daqui!no Sitio do Tubi!
Dancei até Altas Horas!Quando
Estava Voltando,há meu Filho!
já perto de Casa!na Volta do
Corredor!dei de Cara com uma
Livusia!a Dita Cuja Estava com
uma Vela na Mão!o Cavalo 
Rifugou!Saltou de Banda!foi
um Tropel só!Quando vi já
Estava no Chão!para Acabar de
chegar em Casa foi duro!Fiquei 
um Cado com dor nos Quartos!
dei Sorte que a Bela não 
Desconfiou de Nada!que Eu
Estava no Forró!não é Mesmo?
Pois é!o que nós não fazemos
para dar um Cheiro no Cangote
de uma Morena!Caímos Todos 
na Gargalhada.
Ai Lembrei-me da tal da Tinta,
Lhes Indaguei,o Senhor Gosta 
de Tintar os Cabelos!Respondeu
me,há meu Filho,Cabelo Branco
é Coisa de Velho!não é Mesmo?
Tive que Concordar é Claro,ai
as Gaitadas foi Maior.
Voltamos para a Casa para tomar
um Cafizinho,logo em seguida
a Hora Triste,o Momento em 
que se tem que Despedir,com a
Promessa de Voltar para mais
um Dedinho de Prosa.Dado que,
Essa foi mais uma das Inúmeras
Historias que inda Haverei de
vos Contar.Eita Sertão que 
Quero Bem....

Raimundo Sucupira

 

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