quinta-feira, 29 de novembro de 2012

CANTIGAS

Lembro-me com
saudade,
as cantigas que
Mamãe cantava.
Ela cantava com
tanta suavidade,
que nos braços
eu apagava.
Nas noites de
lua cheia,
sentávamos na
calçada.
A cantiga da
Sereia,
agitava a moçada.
Todos ouvia com
atenção,
o que os mais
velhos dizia.
Eles falavam com
o coração,
mensagem que a
gente entendia.
Mãe não tenho
mais,
não conta mais
historia.
Contento-me com
paginas de jornais,
para exercitar a
memoria.

Raimundo Sucupira

CASA GRANDE

Caro amigo,é impressionante como certas
lembranças permanecem vivas em nossa
mente,lembro-me como se fosse hoje,quando
íamos à casa de dona Maria Cora Leão,
entravamos na sala,o móvel ao canto:sobre o
móvel a vitrola,sobre a vitrola um disco de
Altemar Dutra,ouvia-se belas canções,dentre
elas O TROVADOR,a alegria tomava conta
da casa,ela nos recebia com um enorme
carinho,pois era uma Senhora muito
bondosa,alegre,de um coração de ouro,nos
levava para a conzinha onde nos alimentava,
saíamos de lá com a pança cheia,corria para
baixo da sombra do velho Bunguevill que
reinava soberano em frente a casa
GRANDE.A brincadeira corria solta,o jogo
de bolinha de gude,abria-se três biroscas no
chão,quem encaçapava a bolinha nos três
buracos primeiro ganhava o jogo,a recompensa
era uma bolinha,quando perdia entregava uma
bolinha velha,quando ganhava exigia uma bem
novinha,o mais esperto passava os outros para
traz,coisa de Criança.Ninguém via o tempo
passar,só ia para casa quando Mamãe ao
borbotão vinha nos buscar,dado que,essas são
lembranças que faço questão de preservar
sempre vivas na mente,para poder contar aos
Moços de hoje em dia,para que se lembre que
nós também já fomos felizes.....

Raimundo Sucupira

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O SONHADOR

Um poeta ou um
sonhador,
nunca pensei
nisso.
Talvez um homem
sem amor,
em busca do
Paraíso.
Talvez o adeus na
despedida,
o amor que não
foi amado.
Os passos na vida,
o sonho que não
foi sonhado.
O choro de
felicidade,
a inocência da
criança.
Mais um canto de
liberdade,
trazendo de volta
a esperança.
O sabor da vitória,
O sorriso que inda
não veio,
Uma pagina na
historia,
o principio,o fim e
o meio.

Raimundo Sucupira

PRISÃO DOMICILIAR

Caro amigo,estou cá a pensar,qual a melhor
maneira de preservar a vida.Coloquei todas
as ideias na peneira da mente,ao final,restou-
me três opções,primeira opção,trancafiar-me
em casa privando-me do convívio com meus
amigos e de meus direitos constitucionais, ao
livre arbítrio.A segunda opção,comprar um
carro blindado sair dirigindo usando colete
a prova de balas,porem,vendo os preços e
comparando o salario que ganho isso fica
fora de cogitação.Restando-me a terceira
opção,sair de peito aberto arriscando ser
fuzilado na primeira esquina,de modo que,
nesse mundo desalmado fica cada vez mais
difícil o Cidadão de bem viver em Paz sem
ser molestado por Facínoras.Ademais,na
esperança que as autoridades que tem o
poder da caneta,por tanto,que tem o poder
de tomar decisões,coloque a vaidade de
lado e faça alguma coisa para proteger o
Cidadão.Afinal,nós só queremos é ser
FELIZ.....

Raimundo Sucupira

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

TENTAÇÃO

Dando umas voltas
pela vida,
finalmente eu te
encontrei.
Estava num canto
caída,
com muito amor
te levantei.
O que eu não
sabia,
fiquei sabendo
agora.
Com outro me
traia,
com ele foste
embora.
É muito difícil
acreditar,
que esse amor
chegou ao fim.
Fiz de tudo pra
te amar,
mesmo assim
fugiu de mim.
Espero que seja
feliz,
no caminho que
escolheu.
Tudo aquilo que
fiz,
infelizmente se
perdeu.

Raimundo Sucupira


PERSONAGENS

Caro amigo,vendo uma foto de Paramirim na
década de Setenta lembrei-me das figuras
folclóricas que viveram em nossa terra.
Pessoas que de uma forma ou de outra
fizeram alegria da moçada.Quem não se
lembra de Messias adiviando o dia que ia
chover,Tõe Marrada dando cabeçada nos
muros,Zé do galo andando pelas ruas com
um galo em baixo do braço,Barrão sentado
sobre a calçada do Quartel distribuindo
beliscão,Felim todas as manhãs aparecia
sujo de cinza oriunda das fornalhas da
cerâmica de seu Ulisses,donde passava as
noites olhando as estrelas no céu,Zé do
bode bêbado feito um gambá com a oito
baixo cantarolando pelas Ruas da Cidade,
em fim,aquelas pessoas que ajudaram
escrever a historia de nossa terra.De modo
que,ao andar pelas Ruas de Paramirim,vendo
as mudanças que a Cidade sofreu,não foi
possível deixar de lembrar algumas figuras
que fez parte de nossa historia.Por tanto,cabe
a nós que vivemos tudo isso passar adiante.....

Raimundo Sucupira

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SEM GUERRA

As coisas que tenho
escrito,
não é por vaidade.
O que vos tenho
dito,
é a mais pura
verdade.
Muita gente não
entendeu,
A mensagem que
mandei.
No tempo se
perdeu,
novamente eu as
preparei.
Vou manda-la
novamente,
pra vê se alguém
escuta.
Aquele que for
querente,
vai entrar nessa
disputa.
Minha luta é pela
paz,
a convivência na
terra.
Tudo que a gente
faz,
se acaba na guerra.

Raimundo Sucupira


NO MESMO BARCO

Caro amigo,somos todos hipócritas no
momento em que saímos pelas ruas e
pelo mundo defendendo nossa crença,
nossa raça,nossa cor,no entanto,sem
sem nenhum pudor,discriminamos nossos
irmãos por ser supostamente diferente.
Nossa diferença não esta na cor da
pele,mas na atitude da alma,no que
pensamos,no que falamos e no que
fazemos.Já que somos filhos do mesmo
DEUS essa divisão não faz sentido,é
tão somente um capricho que teimamos
em preservar em nosso meio.Dado que,já
esta mais que na hora de acabarmos com
essa pendenga e lutarmos juntos por um
Mundo melhor antes que seja tarde.Sob
pena de passarmos a vida inteira pelos
cantos lamentando o tempo perdido,ao
invés de vivermos em comunhão o
presente,enquanto preparamos o futuro.
Ademais,como filhos do mesmo DEUS
vamos seguir seu exemplo,amar uns aos
outros assim como ele nos tem amado.
Paz e Bem....

Raimundo Sucupira

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

DOIS LADOS

Essa vida tem a
ida,
sem contar com
a volta.
Ninguém tem
outra saída,
não adianta ir
pra revolta.
A vida é um
jogo,
o cabra tem que
jogar.
É como uma bola
de fogo,
quem vacila pode
queimar.
Qualquer lado
dessa moeda,
é muito perigoso.
pode causar uma
queda,
pondo um fim
ao vaidoso.
É bom levar a
serio,
esse humilde
aviso.
Não tem mistério,
na vida não vale
o improviso.

Raimundo Sucupira

SAÚDE A VISTA

Caro amigo,depois de pelejar contra um
fenômeno chamado insônia,onde virei e
revirei as paginas da mente,depois de
uma noite inteira pelejando com tudo
isso lembrei-me de algumas historias
engraçada que aconteceu quando eu era
criança.Com dois para três anos ainda
mamava,Mamãe ia à feira,enquanto ela
fazia as compras eu ficava sentado na
calçada do armarinho de Carlos Azevedo
olhando as compras,nos intervalos
aproveitava para dar um mamada,de vez
em quando uma mulher me gozava dizendo
que ia colocar pimenta no peito,eu ficava
assombrado com medo que ela cumprisse
o prometido.Pra minha felicidade era só
uma brincadeira,o peito estava a minha
minha espera,diante dessas lembranças
ponho-me a pensar,o quanto esta ficando
cada vez mais raro ver uma Mãe
amamentando seu filho por conta da tal
vaidade,as crianças está sendo privada de
um direito sagrado(O LEITE MATERNO)
talvez isso explica o grande numero de
criança raquíticas e doente nesse mundo
moderno.De modo que,não custo nada
as Mães colocar um pouco de lado a
vaidade e amamentar seus filhos,faz bem
a Saúde e a Alma.....

Raimundo Sucupira

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O GUERREIRO

Eu nasci no pé
serra,
sou filho de um
roceiro.
Homem que
lida na terra,
sou filho desse
guerreiro.
Sou soldado
lutador,
orgulho-me de
ser Brasileiro.
Luto pelo amor,
sem querer ser
o primeiro.
Sempre levei
vida dura,
meu destino tá
marcado,
Enfrentei muita
amargura,
sofrendo como
um condenado.
É muito triste a
situação,
podemos perder
nosso lugar.
Vamos defender
o Sertão,
que venha todos
lutar.

Raimundo Sucupira

MAGRELA

Caro amigo,numa época em que a tal
modernidade tomou conta dos meios
de transportes,carros e motos cada
vez mais velozes e confortáveis estão
ao alcance das pessoas,algumas
pessoas alheia a esse tipo de conforto
não abre mão daquilo que gosta.Esse
exemplo nós temos em nossa cidade
desde os tempos em nossos avós,até
os dias de hoje,pessoas que ainda
utiliza a velha e boa magrela para se
locomover no dia a dia,unindo o útil
ao agradável,ou seja,alem de
economizar uns trocados no transporte
ainda contribui na despoluição do
PLANETA,sem contar com a enorme
contribuição com o próprio corpo.
Afinal,num momento em que o
sedentarismo se faz presente em nossas
vidas,a velha e boa pedalada vem a
calhar,ademais,entre uma pedalada e
outra esperamos vê cada vez mais
pessoas praticando esse esporte.A
saúde agradece......

Raimundo Sucupira

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O VERDE NO CHÃO

O verde cobriu o
sertão,
é uma beleza só.
isso alegrou meu
coração,
vendo o povo no
forró.
Por aqui é só
alegria,
ninguém ouve
lamento.
O povo noite e
dia,
trabalha pelo
sustento.
É bom vê o povo
trabalhar,
lutando no que
é seu.
Sem precisar
roubar,
nem lamentar o
que perdeu.
Essa é a minha
felicidade,
vê o sertão em
alegre.
O povo e a sua
liberdade,
sem ninguém que
o persegue.

Raimundo Sucupira

TAPETE DE FLORES

Caro amigo,o cenário esta mudando,já
imaginou vê se em meio a um mar de
flores cada uma mais delicada que a
outra,pois foi o que aconteceu,depois
de uma longa estiagem onde sofremos
durante meses com um sol escaldante
fritando nossa moleira,animais vagando
em busca do que comer e beber,
finalmente,a chuva esta de esta de
volta,com as primeiras chuvas as
cebolinhas floraram todas de uma só
vez,formando um verdadeiro tapete
branco.Aquela terra aparentemente sem
vida transformou-se num paraiso,para
alegria daqueles que sofreram ao longo
da estiagem,o fato é que,homens e
animais festejam tal fato.Dado que,
contemplando essa maravilha que a
NATUREZA nos proporciona,fico a
pensar,essa terra com tão pouca chuva
já nos causa tanta alegria,imagine se
chovesse como no restante desse
imenso Pais,mesmo assim,não deixo
essa terra por nada desse mundo.Eita
sertão que quero bem.....

Raimundo Sucupira

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ABISMO

Estava um pouco
pensativo,
vagando no meu
passado.
Não tem nada
privativo,
que não tenha
notado.
O mundo não é
mais o mesmo,
a coisa tá preta.
Estamos perto
do abismo,
vivendo na valeta.
É duro o povo
viver,
no meio dessa
guerra.
Quem não quiser
morrer,
tem que respeitar
a terra.
Ainda tem um
jeito,
de sairmos da
escuridão.
É só andar direito,
acabando com a
devastação.

Raimundo Sucupira

DE CRIATURA A CRIADOR

Caro amigo,como diz as mas línguas,que
os investimentos na tecnologia esta
deixando a desejar,que os investimentos
deveria ser bem maior para o bem da
humanidade.Só que a minha preocupação
é outra,os alimentos estão sendo modificado
geneticamente e consumido sem nenhuma
conclusão definitiva,ou seja,nós estamos
consumindo alimentos sem saber se é nocivo
a nossa saúde.Dado que,o certo era deixar
as coisas seguir o curso natural,as pessoas
estão se esquecendo que antes de sermos
CRIADORES,SOMOS CRIATURAS.É
necessário que tenhamos bom censo antes
de modificarmos o que foi criado pela
NATUREZA.Sob pena de ter que conviver
com tragédias como essas que estão
acontecendo pelo mundo,ademais,não custa
nada de vez em quando deixarmos a
tecnologia de lado e ouvirmos a voz da MÃE
NATUREZA.Como diz o velho ditado(canja
de galinha e concelho de mãe não
faz mal a ninguém....

Raimundo Sucupira

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

PEÇA FINA

Mais uma pedra de
tropeço,
que esta nessa
estrada.
Ela tem seu preço,
pode causar uma
topada.
A cobra que não
anda,
não engole sapo.
Não se vence uma
demanda,
aquele que não
tem papo.
Quem tem boca
vai a Roma,
quem não tem fica
calado.
Quem não tem
pano não engoma,
pode ser derrotado.
O homem que tem
medo,
não vai muito
longe.
para vencer esse
enredo,
tem que ter coração
de Monge.

Raimundo Sucupira

CAVALO BAIO

Caro amigo,tem certas lembranças que ainda
permanecem vivas em nossa mente,lembro-me
do meu avô.(Raimundo)ele morava em
Cana Bravinha,todos os Sábados cedinho
lá vinha ele,cabelo branquinho como a
neve,montado num cavalo baio tocando
o jumento de carga,as bruacas cheia de
frutas e verduras.Sentado sobre a soleira
da porta eu mal aguentava a ansiedade,não
vai a hora de saborear as mangas espada
que ele trazia,tomava-me a benção e
entrava em casa,depois que tomava o café
forte que mamãe coava descia pra feira
onde tinha uma barraca.Em pouco tempo
vendia tudo que trazia,a freguesia era certa,
o velho era um bom negociante,não saia um
freguês insatisfeito,com o sol pelo meio da
tarde já estava de volta ao povoado de
Cana Bravinha.Isso coisas simples,porem,de
suma importância que fica arquivado em
nossa memória,de modo que,quando o
desanimo causado pelo estresse do dia a
dia nos acossar,é bom parar um pouco e
lembrar das coisas boas que nos aconteceu
nos tempos idos.Faz bem a alma.....

Raimundo Sucupira
 
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