quarta-feira, 18 de julho de 2018

XODÓ

Caro Amigo,Dia desse ao
Passar por uma Rua,vi um
Jovem Casal a Conversar
ao Pé do Ouvido,ao ver
Aquela Cena,Veio-me a
Mente uma Historia
Engraçada.
A Historia de Pequena de
Melinda,Mulata,Furnida,quis
o Destino que ficasse
Solteira,como dizia os
Antigos(Pro Caridó)Não
se Casou.
Como diz as Mas Línguas
ficou para Titia,ficou com
a Raspa da Tacho.
Como toda Cidade
Pequena,as Pessoas tem
Sempre um Apelido que
não Gosta de ser chamado,
a Pequena tinha um(Se
Alguém a chamasse de
Moça Velha Comia Sal na
Mão.
A Meninada Sabia disso,
ficava todos Escondido,no
meio das Moitas,Quando
a Pequena Vinha Vindo na
Rua com o Balaio de
Maxixe Sobre a Cabeça
para Vender na Rua.
Todos Gritavam(Tira pó,e
Bota Pó,Moça Velha não
tem Xodó)Ao Ouvir essa
Cantiga,a Pequena Virava
uma Fera.
Colocava o Balaio ao
Chão,Saia Correndo atrás
de Nós,pega da li,pega da
colá,ao Final,não pegava
ninguém.
Minha Mãe era muito
Amiga da Dita Cuja,ao
Saber do Ocorrido,Mamãe
Ralhava com a Gente,ao
Final,ficava tudo Bem,
Afinal,tudo não passava
de uma Brincadeira de
Criança.
Hoje vemos com Tristeza
que as Crianças já não se
Comporta como as de
Antigamente.
Vejo com uma Certa
Preocupação que Estes ja
não nos Trata com o
mesmo Respeito.
Quase não Somos notado
por essa nova Geração,o
que Antes era puro
Apreço,Hoje não passa de
Mero Detalhe.
Alem de ter que conviver
com o Fantasma da Idade,
temos que Enfrentar
Também a Solidão.
O Tempo foi Passando,
essas Figuras foram
Saindo de Cena,as
Crianças ao longo dos
Anos Foram Crescendo,
tudo foi se Acabando,
Restando tão Somente as
Lembranças de um Tempo
que não Volta Mais.
Dado que,ao Folhar as
Paginas da Mente,fica
Difícil deixar de lembrar
de uma Época em que
com Muito Pouco se era
Feliz...

Raimundo Sucupira

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