quarta-feira, 15 de agosto de 2018

MILONDA

Caro Amigo,Raciocinando
com Calma,Percebe-se que
DEUS Possui Excelentes
Razões para Amar os mais
Humildes,Creio que Nesse
Ponto o DIVINO se
Assemelha Bastante aos
Sertanejos,Estes Preferem
o Convívio com os Iguais,
ou seja, os Seus.
Mas como me Meti a
Raciocinar,Continuarei e
Contar-vos-ei uma
Passagem Engraçada que
Aconteceu-me a Poucos
Dias.
É Sabido que a Milonda é
um Santo Remédio,para
os que não conhece,é uma
Raiz muito Amarga.
A Milonda é uma Raiz que
não falta na Casa dos
Sertanejos,há Sempre essa
Raiz Guardada em Algum
Lugar na Casa.
Ela Serve para muitas
Enfermidades,Usa-se de
Várias Maneiras,na Água,
na Pinga,a Pessoa é que
Escolhe.
Mas sem que essa Entre
em Pormenores,voltando
ao Caso,como faço Sempre
fui a Venda do Helio de
Manezim,para tomar uma
e em Busca de uma Boa
Prosa,de uma Resenha
Nova.
Ao pé do Balcão,a Espera
dos Matutos,para uma Boa
Prosa,Eis que Chega o
Dozim Neto da Finada
Lorminda.
Grande Amigo,um Amigo
da Infância,conversa vai,
conversa vem,até que
chegou o Primeiro Matuto.
Sempre Atento,o Helio
logo o Atendeu,Indagando
o que ele Queria Beber,o
Matuto foi logo dizendo,
Quero um Amargo dos
Bons,Helio foi lá dentro,
voltando logo em seguida
com um Litro em Mãos.
Pegou um Copo,colocou
uma Talagada das Boas,
Bem Generosa,Quase na
Boca do Copo.Gritando
em Seguida(Essa é
Milonda,tá Amargando
tanto,que Derruba até
Carrapato)Provocando as
Gargalhadas em todos que
Estavam Presentes.
É por essas e Outras que
Prefiro essa Gente de uma
Simplicidade Extrema,pois
são delas que se ouve as
coisas Simples e Belas.
no mesmo Sentido é que
se Deve Encontrar a
Indignação com a Qual
Sentimos nesse Mundo
Moderno,na Cidade
Grande,longe do Sertão.
Dado que,diante da Voraz
Melancolia,que Tanto nos
Acossa,saio Sempre a
Procura dessas Pessoas,
nelas há Sempre os
Momentos Alegres,nos
Quais nos trás um Certo
Alento a tão Conturbada
Alma...

Raimundo Sucupira

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