COSTIPAÇÃO

Caro Amigo,Em Meio a Essa
Pandemia,Donde Ainda não
Acharam um Remédio
para Combater Este Vírus
Medonho,Temos que ficar as
Escondidas,Acoitado em Casa
Feito Preá.
Com a Mente em Fervura,em
vez de Pensar Besteiras,faço
uso para Lembrar das Boas
Passagens.

Aproveitando tudo isso para

Colocar em Pratica o Projeto

em Trazer de Volata a Historia

dos Baluartes que fizeram a

Historia dessa nossa Amada

Terra.
Como Essa que vou Contar
Agora,num Certo dia a Velha
Vitalina uma Benzedeira que

Morava na Redondeza,e que

Cuidava da Saúde de todos

que Ali Vivia,como costumava

fazer todos os Dias,Levantou

Cedinho,foi Direto ao poleiro 
Donde Tinha Prendido uma
Galinha Arrupiada que tinha
Ganho da Cumad Maria de
Coló,fazia Tempo que Queria
Tirar a Raça.
Chegando ao Poleiro Abriu
a Porta,Apanhou a Galinha,
Colocou a Dita Cuja em
Baixo do Braço,logo em
Seguida Encarcou o Dedo no
Fiofó da Galinha para ver se
Tinha Ovo,Qual Nada!a Veia
Resmungou,Bicha
Cervergonha!tu ta Faiando
na Postura!um dia tu há de
Botar!Jugando a Galinha
logo em seguida ao Meio do
Terreiro,a Dita Cuja Correu
Cacarejando e Sacudindo,
Indo Esconder se em Baixo
da Moita de Fava que tinha
Enramado na Cerca.
Ao fazer isso,logo em
seguida foi Interrompida por
um Alvoroço,é que tinha
Chegado um Moleque
Montado num Jumento
Preto o Danado Chegou aos
Borbotões.

O Jumento Preto é Tinhoso

que é Danado,Quando mucha

a Orelha sai de Baixo,tanto

Morde como dar Coices.
Com a Velocidade que Vinha,
Meteu a Mão na Corda de
Caroá que Estava Amarrada
na Queixada do Jumento,que
Escanchou se em meio ao
Terreiro.

A Galinhada saiu Correndo

pelo Terreiro,cada uma para

o seu Lado,Enquanto que o

Moleque já foi Gritando
logo em seguida,Sá
Vitalina!Sá Vitalina!Sá
Vitalina!a Veia Sartou de
Banda,deu uma Rabanada,
Meteu a Mão na Chale,
Desatou o Nó,Apanhou o
Pedaço de Fumo,Encarcou
a Unha,Arrancou uma
Lasca,Jogou na Boca deu
uma Chacoalhada,só depois
Resmungou,Hum!é tudo
Deleite Meu!Apeia Moleque!
Diga o que Assucedeu!o 

porque dessa Sangria

Desatada!dessa Bramura!o
Moleque foi logo dizendo,o
Casula que Esta Costipado!
o Bichinho não para de Pé!

tá com uma Caganeira 

Danada!Tá Escorrendo pelos

Quartos!a Veia foi lá no

Estaleiro donde Plantava as
Ervas,Arrancou um Grande
Moi de Ervas Dando ao Dito
Moleque dizendo,Diga a
Cumad que faça um Chá e
dê ao Miúdo!que a
Birra vai Passar!Inda disse
Mais,Avia!Avia!Avia!o
Moleque Riscou de Volta
pra Casa.

Sá Vitalina Tratou logo de ir

ao Pequeno Ranho donde o

Balaio de Algodão Estava a

sua Espera para fazer os

Fios para Terminar o Corte

de Pano para Fazer a Calça

do Velho Lió.

Este que Enfurnado no seu

Deposito cheio de 

Burundanga as Voltas com

uma Velha Cangalha a 

Remenda-la,já Injuriado

por Conta da Furada que

Sofreram da Suvela,nem 

se deu Conta do que se

Passava.

Enquanto isso,o Pequeno e

Valioso Mensageiro ao 
Chegar deu o Recado
a as Ervas para a Mãe,que
logo fez o Chá,Minino!foi
Tiro e Queda,não demorou
e o Casula Estava Jogando
Crabiola pela Casa.
Dado que,Em Meio a Essa
Pandemia,Donde todos
Batem Cabeça sem Saber o
que fazer,que Remédio dar
aos Doentes,vejo que a
Modernidade Inda tem
Muito que Aprender para
Curar Certas Doenças,uma

Delas é da Alma.Paz e Bem....

Raimundo Sucupira