SUSPIRO

 Eis que o Peso da

Idade,

já Pesa Sobre os

Ombros.

Esvariam-se a 

Mobilidade,

Fraqueja-se os

Membros.

Nada mais fica

Igual,

tudo se

Modifica.

A Fraqueza dar

o Sinal,

os Males 

Intensifica.

Quando tudo isso

Acontece,

o Final Estar por

Perto.

Da Vaidade se

Esquece,

se faz o que é

Certo.

Não há Tempo a

Perder,

temos que

Aproveitar.

Vale Apenas Viver,

Até o Ultimo 

Respirar.

Raimundo Sucupira

A FANFARRA

 

Caro Amigo,Em Meio a Essa

Famigerada Pandemia,Donde

nós Somos Forçados a Ficar

Trancafiados em Casa,para

Não Ficar Inato,com o 

Pensamento Vago,Ponho-me

a Pensar e por isso  tudo ao

Papel.

Vou ao Quintal Donde Sento

com um Pequeno Caderno e

a Caneta em Mãos e Deito

ao Papel tudo que vem-me a

Mente.

Aproveitando o Ensejo para

Colocar em Prática o nosso

Projeto em Trazer de Volta a

Historia dos Baluartes que 

Fizeram a Historia da nossa

Terra.

Dessa vez Falar-vos Ei de

Dois Deles,o Dr.Sena a o Sr.

Custódio.Dois Homens que

Ajudaram muito na Área

Social de Paramirim.Dr

Sena Era um Juiz de Direito,o

Magistrado chegou em nossa

Paramirim cheio de Ideias,

Principalmente na Área 

Social e Cultural.

O Sr.Custodio Morava na

Av.Dr.Nelson Caires de

Brito,Numa Casa Donde

Hoje, Reside o Ex.Prefeito

Zé Leão.

Este Juntamente com o Sr.

Custodio Querendo Tirar os

Jovens Estudantes da 

Ociosidade Resolveram Criar

uma Fanfarra no Colégio de

Paramirim.

Naquela Época a Cidade Era

Pequena,tinha Poucos

Estudantes no Dito Colégio.

No Colégio tinha uns 400 e

Poucos Alunos,nada mais que

isso.

Dr.Sena Encarregou o Sr.

Custodio para Marcar uma

Reunião para que Ele pudesse

Apresentar a Listra dos 

Instrumentos para a Dita

Fanfarra.

Antes da Dita Reunião todos

Ansiosos em Saber dos tais

Instrumentos,Marcada a tal

Reunião,Eis que Chega o Dr.

Sena,com a Tal Listra,porem,

Antes fez um dos seus

Discursos Costumeiros,Alias,

Discurso de quase 4 Horas,

pois o Dito Magistrado 

Gostava Muito de Falar.

Finalmente,chegou a Hora

de Ler a Tal Listra.Dr.Sena

Começou a Ler a Listra 

Dizendo,a Fanfarra não vai

ser Muito Grande meus

Senhores!Esses são os

Instrumentos a Ser

Comprado!Eis a Listra!80

Pratos-80 Bumbos-90 Caixa

de Repique-90 Caixa de

Guerra-70 Surdos-50 Pistão

80 Trompetes-50 Saques 

Sofone-40 Clarinetes-20

Baixos-Ai o Sr.Custodio que

Estava Sentado ao seu lado

à Mesa Soprou lhes aos 

Ouvidos,Dr.Essa Listra já vai

para mais de 400 

Instrumentos!o Colégio só 

Tem 400 e Poucos Alunos!a

Conta não Fecha!Tem Mais

Instrumentos que Alunos!Dr.

Sena Retrucou,Em Assim

Sendo vamos Reduzir essa

Compra!foi Grande o Alivio

para Todos.

Ao final das Contas,formou

se a Fanfarra que não Passou

de 20 ou 30 Alunos,Essa tal

Fanfarra fez a Alegria dos

Estudantes do Colégio de

Paramirim por Muitos Anos.

Quem Dente vos não se 

Lembra da Fanfarra do seu

Colégio?a Beleza que é uma

Fanfarra a Tocar?isso são as

Coisas da nossa Infância e

que jamais poderemos

Esquece se.

Hoje,Passado mais de 40 

Anos,Passo pela Rua do Dito

Colégio Bate uma Saudade

Danada Daquela Época.Já

fiz Parte da Fundação 16 de

Setembro,Essa Fundação

Comandava o Dito Colégio,

isso Aconteceu por Muitos

Anos,Agora Fiquei Sabendo

que o Mesmo vai Fechar as

Portas para o Ensino isso é

Muito Triste.

Só para Lembrar os que não

o Conhece,por Ele já

Passou Vários Alunos que

Hoje são Valiosos Doutores

e Doutoras.

Como o Tempo Passa,Este

não nos Espera,Temos que

nos Contentar com Apenas

as Lembranças.

Dado que Essa foi mais uma

das Passagens Engraçada que

nos Aconteceu e que faço

Questão de vos Contar,tudo

isso nos trás um Certo Alento

a Alma.Paz e Bem...

Raimundo Sucupira

RESPEITO

 Eis que na Raspa

do Tacho,

no Gogó da Ema.

O Cabra quando

é Macho,

não Maltrata uma

Fêmea.

Quem Maltrata 

uma Mulher,

não merece o

Respeito.

Não passa de um

Qualquer,

Estar longe de ser

Perfeito.

Essa onda de

Matar,

não Estar com

Nada.

Mulher é para se

Cuidar,

não para ser 

Maltratada.

Não tem nada

Melhor,

que a Companhia

de Alguém.

Dela ter o Amor,

é a Melhor coisa

que Tem.

Raimundo Sucupira 

ENCRUZILHADA

Caro Amigo,Há Momentos na

Vida em que nós temos que 

Fazer Certas Escolhas,Escolha

que nem Sempre são Fáceis de

Fazer,pois Algumas vão de 

Encontro à Rotinas que ao

longo dos Anos nós Estamos 

Acostumado a Seguir.

Em Meio a Essa Famigerada

Pandemia,Fomos Forçados a

Mudar o Rumo de Algumas

Coisas que ao Longo do nosso

Itinerário isso nos Era 

Rotineiro,ou seja,Comum.

Sabemos que é muito Difícil

mudar de uma Hora para a

Outra tudo aquilo que ao 

Longo dos Anos Acostumava

a Fazer,Hábitos Simples,que

no Entanto,para nós é de suma

Importância.

O Simples Ato de Sair para o

Trabalho,de Andar pelas Ruas,

de pegar uma Condução para

nos Locomover de um Lugar

para o Outro,a Ida à um

Comércio para fazer as 

Compras para o Dia a Dia,a

Ida a um Bom Teatro para ver

uma Boa Peça,Uma Visita ao

Cinema para ver um Bom

Filme,a Ida a um Estádio de

Futebol para ver o nosso

Time do Coração Jogar,a uma

Praça para ver o Nosso Cantor

Preferido,Em Fim,a fazer tudo

aquilo que  as Pessoas

Normais Costumam Fazer.Eis

que de uma Hora para a Outra

tudo isso tem que mudar,temos

que Conviver com Certas

Limitações,isso para muitos 

Estar Sendo Muito Difícil de

Engolir.

De uma Hora para Outra tudo

Muda,as Coisas Viram de

Penas para o Ar,Eis que nos

Aparece o Tal Novo Normal,

uma Nova Regra que Temos

que Seguir.

São Muitas as Reclamações,

Dentre Elas duas que vemos

como mais Importantes,que 

não se Pode ficar sem 

Trabalhar para Levar o Pão

para Casa,Imagine Ver seus

Filhos lhes Pedir o que

Comer e Você não ter para

lhes dar.

A Outra,que o Comércio não

pode Fechar,pois se isso

Acontecer Como os 

Comerciantes vão pagar

as Contas?Irão Quebrar.

Duas Grandes Verdades,sé o

Cidadão não Trabalha,como

Irá Levar o Sustento para os

Seus?Sé o Comércio não

Abre,como que as Pessoas vão

Comprar as Coisas de que 

Necessitam?Sé o Comerciante

não Vende como vai pagar os

Impostos?Analisando uma

Outra Situação,sé Todos 

Voltam à Rotina,ao Trabalho,

a Pegar as Conduções lotada,

se Aglomerar nos Comércios

Lotado,muitos hão de Morrer.

Meus Amigos e Amigas,

Estamos Em Meio a Um 

Grande Entrave,se Correr o

Bicho Pega,se Ficar o Bicho

Come.

Há de se Buscar uma Solução

para Este Enorme Problema,

Tanto Tem Razão os que 

Reclamam que não pode ficar

sem Trabalhar,que tem que 

Alimentar os Seus,como 

Também os que Tomam 

Certas Medidas para que se

Preserva a Vida.

Tem que Entrar em Cena a

Serenidade,o Bom Senso,para

que se Encontre uma Maneira

que se possa Encontrar uma

Boa Saída,para que em Meio 

a Essa Peleja,Entre Mortos e

Feridos Salvem-se Todos.Que

Cada um de Nós Tome as 

Medidas que lhes Cabe com

Serenidade,pois Estar em Jogo

a Vida,o nosso Bem Maior,Esta

Uma Vez Perdida é para

Sempre.

De modo que,que o Melhor Seja

Feito para que tudo Volte ao

Normal,Afinal,a Normalidade 

Nunca foi tão Importante Neste

Pais.Paz e Bem...

Raimundo Sucupira 

 

BEBEDEIRA

Cachaça Quando  

Desce,

na Goela do

Cabra.

A Alegria que 

Aparece,

a Tristeza que 

Desaba.

Cada um tem 

seu Jeito,

para Tomar a

Malvada.

Alguns Agem

Direito,

Outros com a 

palhaçada.

No Final das

Contas,

Ninguém é 

Perfeito.

Que Segura os

Pontas,

Quem não Agiu

Direito.

Quem Estar na

Bebedeira,

não Escolhe 

Ninguém.

A Ressaca é 

Certeira,

As suas Contas

Também.

Raimundo Sucupira

NOME DE PRESIDENTE

Caro Amigo,Em Meio a Essa

Pandemia,Donde Somos 

Forçados a ficar em Casa,

para não ficar Inato,coloco a

Mente para Funcionar,pondo

em Prática o meu Projeto em

falar das Figuras que Fizeram

Historia Em Paramirim.

Dessa vez Falar-vos Ei de

duas muito Engraçada que

Fizeram Historia aqui em

Paramirim.Uma delas é o

Getúlio,a Outra Figura é a

Madrinha Chica.

Todas as Cidades Pequena 

Naquela Época tinha as 

Pessoas Cujo o Trabalho Era

um Pouco Melindroso,Era

de Recados,Essas Pessoas 

Ganhavam para fazer Certas

Tarefas,e uma delas era a

Madrinha Chica.

A Madrinha Chica Andava 

pelas Ruas da Cidade fazendo

as Entregas da Carne para os

Açougueiros da Cidade,todos

os dias lá Vinha Ela com o seu

Balaio cheio de Carne para

Entregar nas Casas.

Como fazia Quase todos os 

dias,Ia à Venda do seu Melé

Tomar Uma e Colocar a 

Conversa em dia com o 

Amigo Tulinha e Aproveitar

para Discutir os Assuntos do

Grupo de Jovem e do Teatro,

Depois Ouvir o seu Melé a

Tocar o seu Bandolim.O que

nos Alegrava Alma,pois a

Musica tem esse Poder,não

nos Furtava dese Privilégio.

Num Certo dia lá Estava 

com o Tulinha, Pedir uma

Pinga,o Tulinha Serviu-me

com uma Certa má Vontade,

pois Este não Gostava que 

Bebesse Pinga,pequei a pinga

e Sentei-me numa Mesa num

Canto.

Começamos a Discutir os

Assuntos do Grupo e do 

Teatro,em fim,Sobre os 

Assuntos do dia,Eis que 

Chega o Getúlio com o mau

humor de Sempre,já Tinha 

Passado na Venda do Javan.

O Tulinha ao ver-lo 

Resmungando lhes Indagou,

o que foi Getúlio!Respondeu,

o Javan!não Quis me Vender

Fiado!Duvidou da Minha

Palavra!Aquele Escumugado!

Naquele Exato Momento eis

que chega a Madrinha Chica

com o Balaio cheio de Carne.

A Dita Cuja Meteu a Mão ao

Balaio pegando um Quilo de

Carne e um Quilo de Figado

Entregando ao Tulinha

dizendo,Entregue ao Melé!

Voltando a Colocar o Balaio

de Volta à Cabeça.

Ai o Getúlio Aproximou se e

lhes disse,Chica!Eu Tenho o

Nome de Presidente! Getúlio

Vargas!por tanto,pague uma

Pinga para Mim!pois Tenho o

Nome de Presidente!foi o

Getúlio Vargas Quem Criou a

Aposentadoria dos Velhos!por

isso pague uma Pinga para

Mim!Ao Ouvir Aquilo a Chica

deu uma Rabanada e Bradou,

Uai Moleque!Tu é Filho da

Julia Gostosa!Tu e Esse

Lazarento!esse tal de

 Getúlio Vargas!do meu Santo

Dinheiro tú e Este Lazarento

não vai ver um Centavo!Saia

da Minha Frente senão vou

Sentar o Cassete na tua

Costela!Hu!tá Besta Bicho!

o Getúlio meio 

sem Graça foi logo dizendo,

foi só de Brincadeira Chica!

Madrinha Chica deu uma

Rabanada e Saiu.

O Tulinha deu uma Gaitada e

Disse,Toma!vai Brincar com

Quem tá Quieto!Bem Feito!o

Getúlio Retrucou,vai Cagar

Tulinha!deu meia Volta e saiu

Resmungando,Hoje vou ficar

de Bico Seco!

Nesse Exato Momento o Roxo

ia Descendo com uma Pá em

Mãos,para pregar um Grampo

no Cabo da Pá que Estava

Soltando.

O Getúlio nem Olhou

para o Amigo,o Roxo disse,o

Cabra Estar Arretado,nem me

Cumprimentou!

o Tulinha Lhes Explicou,estava

Brigado com Madrinha Chica!

Querendo que Esta lhes desse

Pinga!Mas a Madrinha Queria

lhes da Pancada nas Costelas!

Todos ficamos a Rir daquela

Cena Engraçada que Tinha

Acontecido.

Essa foi mais uma Historia que

nos Aconteceu lá no Passado,e

que Volo Contei,tudo isso são

Importante para o meu Projeto

em Trazer de Volta a Historia 

dos que por Aqui Passaram.O

Mais Importante de tudo é 

Saber que foram essas Pessoas

Simples Quem Escreveram a

Nossa Bela Historia,a Beleza

da Nossa Amada Terra.

Dado que,Essa foi mais uma

das Passagens Engraçada que

nos Aconteceu no Passado e

que Faço Questão de vos 

Contar,ao fazer isso nos trás

uma Certo Alento à Alma.Paz

e Bem...

Raimundo Sucupira

 

PERDÃO

 Depois da Triste 

Escuridão,

Haverá Sempre 

a Luz.

Para o Homem

Esse Clarão,

para Deus lhes

Conduz.

Quem tem Fé no

Criador,

não Vive  no

Engano.

Quem se Apega 

ao Redentor,

não vai Viver no

desengano.

Ele nos disse

uma Vez,

Quem Estar

Comigo não Cai.

O que Ele nos

Fez,

Foi Amar como

um Pai.

Quem Segue esse

Preceito,

não tem como

Errar.

Mesmo se Tiver

Defeito,

Ele Sempre vai

nos Perdoar.

Raimundo Sucupira.

DIA SANTO

 

Caro Amigo,Em Meio a Essa

Famigerada Pandemia,Donde

somos Forçados a ficar em

Casa,em mais um Fatídico 

dia,só que Este é um Dia

Especial,pois é a Sexta Feira

Santa.

Um dia em que se Lembra 

a Maior Tragédia que Este

Planeta já Viu.O Dia em que

as pessoas do Mal,Mentiu,e

Através dessa Mentira Agiu,

Prendeu e Pregou a Martelo

um Inocente,num Enorme e

Pesado Madeiro.

Este Inocente que só Fez o

BEM,Que Semeou Somente

o AMOR,Mesmo Assim em

Nome de uma Falsa Fé,o

Mataram.

Hoje,já passado mais de 2

Mil Anos,Vejo que Estes 

Vivem e Estão a Espalhar o

Mal,não se Importa com os

que Mais Precisam,só com 

o Seu Ego.

Estes Continuam a Matar,

pois faz isso ao Deixar os

Desvalidos Morrendo a

Míngua,Pois Quando faz o

Mal a uma Desvalido o faz

ao Redentor.            

Ponho-me a Pensar,ao meio

dia,passamos à mesa,vi o que

Tinha,à Mesa,Bacalhau,tudo

de Bom,em fim,uma Mesa

Farta.No Entanto,na Minha

Cabeça Faltava Algo

(o que Comer para Tantas

Famílias)isso para nós é

Muito Triste.

Comi,Porem,vos Confesso

que com uma Certa má

Vontade,pois Jamais Irei 

Satisfazer-me com milhares

de Irmãos sem ter o que

Comer.

Lancei mão do Prato Ainda

pela Metade,pois Inda não

Tinha Terminado de Comer,

Levantei-me e fui ao meu

Computador para Escrever

Essa Crônica.

Lembro-me Bem dos Velhos

e Bons Tempos,a Ansiedade,

a Espera pela Sexta Feira

Santa,Escolhia o Melhor

Frango do Terreiro para dar

os Padrinhos.

Pois Tinha a Certeza que o

Corte de Pano para a Camisa

Iria Luxar durante o Ano

Todo.

Como Esquecer-se do meu

Padrinho João de Felismina,

a Madrinha Cidinha,a 

Madrinha Maria de Coló,

Todos já se Foram,os meus

Padrinhos,os Meus Pais,todos

se Foram,só Restou-me essa

Saudade.

Voltando ao Assunto,Algo

tem que ser Feito,não

Importa a Posição,o que 

mais Importa é o Resultado

de Tamanha Empreitada.A 

Fome é a Maior Ameaça

pelo Qual passa a População,

com o Confinamento não se

pode Sair para o Laboro,os

Comerciantes não Podem

Abrir o seu Negocio,por fim,

Temos um Governo que

Mente,que não Protege o seu

Povo.

Um Grupo Negacionista que

Apoderou-se do Poder,que

Nega à Ciência,que faz poco

Caso desse Vírus que Mata

a População.

O Resultado de tudo isso é

a Morte de Milhares de

Brasileiros e Brasileiras,Vidas

que deveria ter Sido Salvas,

com o Devido Cuidado.Não

vou Gastar o meu Latim em

Criticar Governo,pois sei que

isso não vai Adiantar,nem 

tão Pouco Criticar Oposição,

pois sei que isso Também não

vai Adiantar.

O Fato é que,já Morreram

Quase Meio Milhão de

Pessoas no Brasil,Algo tem

que ser Feito.

Quero tão Somente vos 

Alertar,não se deixe Levar 

pelos que Quer Manipular a

Opinião Publica,ponha a

Vossa Mão na Consciência,

Ainda dar Tempo para Mudar

de Opinião.

Para Inicio de Conversa,

Antes de Empanturrar se de

Comida,Antes Procure saber

se o seu Vizinho Estar com

Fome.

Como Estamos na Semana

Santa,Procure Saber se os

seus Amigos Estão com

DEUS no Coração,ou seja,

Vivendo uma Plena Semana

Santa,se Leva a Palavra de

DEUS a Todos que de vos

Precisam.

Não sou pois,Digno de

Amarrar as Sandálias do

Redentor,Porem,Atrevo-me

a vos Dizer,o Pai Estar 

Sempre Convosco,na Medida

em que vos Lembrar Dele.

Dado que,que Nessa Semana

Santa o Pai Esteja Entre vos,

e que Sobre o seu Manto

Sagrado Ilumine o nosso

Destino.Paz e Bem.....

Raimundo Sucupira

CARREIRO

Na Volta desse 

Carreiro,

a Preá já Fica

Esperta.

Vai Passando o

Perdigueiro,

se Farejar Bate

de Testa.

Cada um na

Natureza,

tem o seu jeito

de Viver.

Não se tem a

Certeza,

se vai ver o novo

Amanhecer.

Cada dia uma

Batalha,

na luta pela

Relva.

Sé for Bom não

se Atrapalha,

Essa é a Lei da

Selva.

Este Mundo é

Assim,

não tem como

Mudar.

Tem Começo

Meio e Fim,

Se ta Vivo tem

que Aproveitar.

Raimundo Sucupira 

PAÇOCA E PITACA

Caro Amigo,Costumava Sair pelos

Confins desse meu Sertão Quase

Todos os Domingos,Fazia isso em

Busca de uma Boa Historia,porem,

Apareceu Essa Inesperada e Triste

Pandemia para  Atrapalhar o meu

Projeto.

Cá Estou Em Casa Confinado,sem

Poder Fazer o que Mais Gosto,as

Minhas Andanças pelo Sertão,pois

não Quero Sair para não Correr o

Risco de Contaminar-me nem tão

Pouco Contaminar os Demais.Por

isso,Contar-vos Ei o que nos

Aconteceu na Última Andança que

Fiz,os Causos que Ouvi.

Num Certo Domingo,Sair para

Mais uma dessas Andanças,dessa

Vez foi por uma Região com 

Belas Montanhas,depois de Subir

Algumas Montanhas,o Velho e

Surrado Carro Abriu o Bico,ou 

seja,Começou a Esquentar,a

Ferver o Radiador.

Faltava um pouco para Chegar ao

Vale depois da Montanha,Mas 

Com o Carro Esquentando,o

Deixei Sobre a Sombra de um Pé

de Jatobá a Beira do Caminho.

Peguei os Apetrechos e Botei o Pé

na Estrada,logo Avistei uma

Pequena Casa ao Final do Vale,a

Dita Casa não Era Calhada,logo

Apertei os Passos,Vindo a Cansar

um Pouco pois a Estradinha Era

Arenosa.

Depois de Andar por Algumas

Léguas,Cheguei Até uma Pequena

Porteira,a Dita Porteira Era 

Daquela que não Bate,é das cujo

os Morões são Furados,os Paus

Corre por Entre os Buracos,para

que se possa Abrir-la.

Tratei logo de Abrir-la,puxei um

Pau,o Segundo Pau,Quando fui

Puxar o Terceiro fui Impedido por

um Bravo Cachorro Malhado,o

Danado Acuou-me Até que 

Apareceu um Velho Senhor que

Montava num Cavalo Pampa,para

os que não Conhece,o Cavalo

Pampa é de duas Cores.

O Dito Senhor Ralhou com o

Cachorro dizendo,se Aquete ai

Paçoca!o Moço é de Paz!o que foi

logo Atendido,o Valente Guardião

Deitou-se Sobre a Sombra de um

Pé de Malva Branca.

Tratei logo de Cumprimentar-lo,

Bom Dia Senhor!Respondeu-me,

Dias!Falei o Meu Nome é

Raimundo Sucupira,Disse-me o

Velho Senhor,o meu é Belarmino

Ferreira de Silva,Mas me Chama

pelo Apelido de Belo!

Lhes Indaguei,posso Entrar

para Tomar uma Caneca D´Água

e um Dedinho de Prosa?com um

Sorriso Respondeu-me,se Achegue

meu Filho!Assim o Fiz.

Fomos de Encontro à Casa,Ele 

Montado ao Cavalo e Eu a Pé 

com o Paçoca ao lado me

Olhando meio de Banda,Até 

Chegar à Casa.

Ao Chegarmos à Casa o Velho

Amarrou o Cavalo Sobre a 

Sombra de um Pé de Caraíba que

Tinha à Frente da Casa e que 

Estava Branquinho de Flores,Este

Chamou-me para Entrar,Mas ao

Ver um Galpão ao lado da Casa

Preferir ir para o Dito Galpão,

Sentei-me numa Sacaria,Ele num

Banquinho.

Para não Perder Tempo fui logo

Indagando,há Quanto Tempo ele

Morava Naquele Lugar e se Este

Gostava,Com um Largo Sorriso

Respondeu-me,Claro meu Filho!

não me Acostumo Noutro Lugar!

Aqui Morou Meu Avô!Morou o

Meu Pai!Agora Moro Eu!não

Saio Daqui por Nada desse

Mundo!Ao ser Interrompido 

por um Espirro do Paçoca,lhes

Indaguei o Motivo do Apelido

do Mesmo,Respondeu-me,há

meu Filho!a Mãe dele Pariu uma

Ninhada de Quatro Cadelas e

Trés Cachorros!Ele Ainda Miúdo

Era o Único que Vinha ao Pilão

Comer Paçoca Quando a Milinda

Estava Pilando!Ai nós Botamos

o Apelido de Paçoca!Eis que mais

uma Vez Fomos Interrompidos,

dessa Vez um Grande Alarido,um

Corre,Corre das Galinhas ao 

Terreiro,os Leitões que chegou

Querendo Comer a Comida das

Galinhas,Apareceu um Leitão

Rajado Fuçando-me o Pé.

De Repente Alguém Insultava

me Dizendo,Ei Tabaréu!Ei

Tabaréu!Ei Tabaréu!Fiquei meio

Sem Graça com Aquele Insulto,

Estremecido,com Aquilo,Afinal,

Num Lugar tão Longe ter Alguém

tão Abusado.

o Velho Tratou logo em

Tranquilizar-me,Liga não meu

Filho! é a Pitaca!a Maracanã da

Milinda,Todo dia é essa Labuta

Quando os Leitões vem Comer

no Terreiro! é essa Pendenga!,

já Acostumei!é Carreira pra todo

Lado!Maracanã  é um Pássaro 

que Quando dar para Falar fala

pelos Cotovelos,Nesse Caso, pelo

Bico.

Quis Saber Sobre a tal Maracanã,

Contou-me o Ocorrido,Apontando

para os Matos Verde ao Pé do

Morro Dizendo,Tá vendo Aquele

Mato Verde lá no Pé do Morro?

Lá tem um Minadouro!e na Beira

do Minadouro tem um Pé de

Gameleira Antigo,na Galha da

Gameleira tem um Oco donde as

Maracanãs vem fazer o Ninho Todos

os Anos!Num Certo dia Fui pegar

Água e dei de Cara com o Filhote

no Cão!não Pude Subir para 

Colocar o Dito Cujo de Volta no

Ninho,pois já Estou Velho,todo

Escanhotado!o Jeito que tive foi

Trazer  pra Casa!Ai a Milinda deu

o seu Jeito!Papa dali,Mingau 

dacolá,pois não é que a Danada

Vingou?Tai!já vai pra mais de

Trinta Anos!é o Xodó da

Milinda!Eis que Aparece a Dona

Milinda com um Bule numa Mão

e uma Pequena Gamela com uns

Pedaços de Cuscuz coberto por

um Pano de Algodão Riscado na

Outra Mão,no Bico do Dito Bule

duas Canaca Esmaltada todos da

Mesma Cor.

Há,Antes que me Esqueça,Era

Grande o Cheiro da Manteiga de

Garrafa que a Velha Derramou no

Cuscuz.

Lembro-me como se Fosse Hoje!

Um Bule Verde,Tinha dois ou Trés

Descascados,Devido ao seu Longo

Itinerário.Depois do Cafezinho,

Mais um Dedinho de Prosa,chega

a Hora da Despedida,com a 

Promessa de Voltar num Outro dia

o que Inda não foi Possível por

Conta dessa danada Pandemia.Dado

que,Essa foi só mais uma das

Inúmeras Historias que Inda volo

Contarei.Paz e Bem...

Raimundo Sucupira