terça-feira, 30 de janeiro de 2024

NO COISA BOA


 Caro Amigo,Quando considero quanto
me excede as forças a tarefa,que ora se
me impõe,o que me preserva de Recuar,
é,sobretudo,a certeza de que existe um
ente supremo,que dirige as coisas,e 
assim com a sua eterna Bondade,com
a sua misericórdia,sempre há de
nos Acompanhar.nas nossas atribuições.
Não é preciso nem dizer que 50 Anos
atrás Ordem de Mãe não se questionava
cumpria,pois bem,um certo dia mal 
tinha acabado de levantar ainda com as
marcas do maldito talo da palha de
milho que tinha sido esquecido ao 
encher o colchão sobre as costelas,
Recebi da Mamãe a seguinte ordem.
Raimundo peque a Cesta menor e vá 
ao Coisa Boa buscar uma encomenda 
para Mim!na Casa da Cumad Miúda!
vá num pé e volta no outro!como disse
no começo,ordem de Mãe sé cumpre,
foi o que fiz.
Peguei o chapéu casco de tatu,coloquei
sobre a cabeça,a tal da cesta partindo
logo em seguida Rumo ao Coisa Boa.
Há,antes que me esqueça,o Coisa Boa
ficava Entre o Rompe Gibão e o Bom
Jardim Adonde o Padre Benvindo 
tinha um Terreno.Na ida para o Coisa
Boa ao passar em frente ao Aeroporto
que ficava nos fundos da Casa do 
Neném de Deraldina,vi um Belo Avião
Azul parado sob os olhares de dezena
de Crianças,mas devido a grandeza da
missão não pude junta-me aos
amigos Peraltas.
A missão era muito importante,nada
poderia ser mais importante,uma falha
e poderia colocar em Risco o próprio
Coro,ou melhor,a missão,mesmo com a
enorme vontade de dar uma olhadinha 
no avião seguir em frente com a nobre
missão.
Depois de uma boa caminhada cheguei
à Casa da Dona Miúda,a Casa ficava um
pouco Recuada,tinha que passar por uma
pequena porteira para chegar à tal Casa.
Ao abrir a porteira dei de cara com um
cachorro Rajado mas não me estranhou
pois este já me conhecia,no monturo da
Casa tinha um enorme pé de Flamboyant
o danado estava vermelhinho de flores.
Fui logo gritando,Dona Miúda!ô Dona
Miúda!a Senhora Respondeu lá de dentro
Já vai!já vai!não demorou e a Senhora 
apareceu na Porta limpando o Carvão das
mãos com um pedaço de pano.Olhou 
bem para mim e dizendo,é o Remundo o
filho da cumad Carmira!Respondi,eu
mesmo!vim buscar a encomenda!há pode
entrar!tome a encomenda!entrei e sentei
me num pequeno banquinho.A Senhora
me disse vá ao monturo e peque uns
ramos de malva para mim!fui la no
monturo e pequei as malvas como ela
tinha mandado,de posse dos ramos da
malva os colocou sobre o fundo da cesta
indo até um velho pote num canto da
sala,tirando a lage que ficava na boca do
Pote.
Eu pensei comigo mesmo,ela vai me da
Água nem estou com cede!qual nada,a
Senhora meteu a mão na boca do pote
saindo com a mão cheia de Ovos,colocou
os Ovos na Cesta que já estava forrada
com os ramos da malva,depois de encher a
cesta entregou-me dizendo,vá com muito
cuidado para que não quebre nenhum!viu
Rapazinho!Recebi a tal cesta e fui logo 
pegando o caminho de volta para Casa,mas
com o pensamento no Belo Avião Azul é
claro,que Beleza,bem que eu poderia estar
la admirando aquela Beleza.
É,mas missão dada por Mãe tem que ser
cumprida,fui com a cesta com os ovos 
cheio de cuidados para não quebrar os tais
ovos.
Apressei os passos para ver se ainda
sobrava um tempinho para ir ver o Avião
Azul,mas para a minha tristeza ao entregar
para a minha Mãe a cesta com os Ovos,
Recebi a segunda missão,agora pegue a 
cabaça e vá até a lagoa pegar Água para
a Porca Parida!pensei comigo,ai lascou!la
fui eu....Há,o Avião Azul!que bramura!que
tristeza!eis que de Repente,o barulho,para
a minha Tristeza era o Avião Azul que ia
Embora,que Tristeza,ainda tinha mais essa
missão pela Frente.
Ainda tive que ver ao longe o Avião Azul
que fazia a volta pela Cidade antes de ir
embora,que tristeza,que dó,não pude ver
aquela Beleza.
Dado que,essa foi mais uma das Inúmeras
Historias que já nos aconteceu e que faço
questão de vos Contar.Paz e Bem.....

Raimundo Sucupira

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