REZANDO NA MADRUGADA

Caro Amigo,Quanto mais se
Afasta o Pensador da
Historia,tanto mais Certeza
pode ter de se Impor aos
Ouvintes,e de lhes Ferir
Agradavelmente os Àvidos
Ouvidos.
Mas não julgueis que tudo
isso possa ter outro fim há
não ser distrair tanto quem
conta,quanto quem ouve.Dia
desse com a mente a
Fervilhar,devido aos últimos
acontecimentos,Recolhi-me
ao canto,donde por algum
tempo pude ficar em Paz
com meus Pensamentos.
Diante desta Breve
Reflexão,foram muitas as
Passagens,dentre elas uma
das idas ao antigo Povoado
da Lagoa do Mato.Tinha
muitos Amigos e Amigas no
dito lugar,uma certa
Madrugada juntamente com
um Amigo,que passamos
um aperto que nos deixou
com o Coração na
Mão.
Lá pela Três Horas da
Manhã,cada um com uma
Lâmpada a Pilha em mãos,
partimos Rumo a Lagoa do
Mato,mas precisamente em
Casa de Zé de Augusta,donde
iriamos passar o Domingo
com aquela Família.
Naquela Época a Luz
apagava as Dez da Noite,se
alguém saísse depois disso
tinha que enfrentar o Breu,
ou seja,a Escuridão,saímos
da Beira da Lagoa,passamos
pela Rua de Baixo,ou
melhor,a Avenida Dr.Nelson
Cayres de Brito.
Quando chegamos na Praça
Santo Antônio,vimos algo
muito estranho,vinha saindo
do Beco do Quartel uma
Senhora cuja a Cabeça estava
coberta por um Véu,entre as
mãos uma Vela acesa que
Iluminava lhes o Rosto.Nós
de cá,a Senhora de lá,o
encontro seria inevitável,
porem,não foi o que nos
aconteceu,pois quando a dita
Senhora chegou em frente a
Igreja nus dez metros de nós
como se fosse Magica
Desapareceu.
Diante daquela cena o
Amigo,quis correr,o peguei
pelo Braço,não deixei que
fizesse isso,o Cabra tremia
dos Pés a Cabeça,com a
Fibra que herdei do meu
Pai,pude conter a situação.
Quando chegamos na Lagoa
do Mato,contei o ocorrido,
foi aquela Gozação em cima
do Amigo Medroso.Dado
que,ao contar essa Historia,
quero tão somente
Relembrar um passado que
apesar de tão distante,ao
lembrar nos parece que foi
Ontem...

Raimundo Sucupira