quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

BALANÇO DA ROSEIRA

Caro Amigo,a Idade que se segue
a Infância,quem fugiria o trato e
a Convivência com os Idosos,que
alem da Experiência dispõe de
enorme Vigor de Espirito.
Dia desse em uma das minhas
andanças pelas Redondezas,fui
até a Lagoa da Pedra,lugar Belo,
donde minha Mãe juntamente
com algumas Amigas costumava
ir lavar Roupas.
Todos os Domingos Mamãe ia lá,
enquanto Ela e as Amigas lidava
com as Roupas,Eu saia pelo Mato
a procura de Umbu,de Araticum,
Alcaçu e outras Delicias que só
se encontra aqui no Sertão.
Ao botar o Pé na Estrada,logo fui
Revendo alguns lugares que vivi
na Infância.
passei pela Pedra do Sino,uma
Pedra grande,ao bater na dita
cuja com uma outra Pedra mais
pequena,ouve se um tinido como
um Sino,dai o Nome.
Passei em frente a Casa de seu
Martim,descendo pelo corredor
que desce Rumo à Lagoa,ao
chegar tive a enorme Frustração,
a mesma estava Seca.
Fiquei por alguns Minutos
olhando aquilo que um dia foi
uma Bela Lagoa,mas que no
entanto,esta seca.
Na volta Resolvi passar pelo
outro corredor que passa em
frente à casa de seu Flex de
Odília,um Velho Amigo do
meu Pai.
Lembro-me bem daquele
alegre Casal,não tinha Filhos,
porem,nem por isso deixava de
ser alegres,toda vez que ia a
essa Casa,era Recebido com
Festa,ou seja,pelo Som de um
Pé de Bode.
Ao olhar a Ruína daquela Casa,
veio-me aos Ouvidos a Canção
que eles Cantavam.
Dentre elas,a Cantiga que falava
do Balanço da Roseira(Eu estava
na Peneira,eu estava peneirando,
eu estava no Namora,eu estava
Namorando,eu estava na Roseta,
eu estava Rosetando,o vento deu
sacudiu a Cabeleira,estava eu e
Ela no Balanço da Roseira)ainda
com a Mente Fervilhando devido
essas Lembranças,tratei de voltar
para Casa donde deitei essa
Historia ao Papel.
Dado que,diante deste Mundo
Moderno,donde as coisas são
Superficiais,não custa nada
voltar um pouco aos Velhos e
bons Tempos,isso nos trás um
pouco de lento a tão sofrida
Alma....


Raimundo Sucupira

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