CECA DE SEU ZIQUINHA

Caro Amigo,Desde que o
Tempo Começou a Passar,
a Me Decantar os Sonhos,
Comecei a Considerar a
Possibilidade de Sair de
Cena nos Campos de
Batalhas,Viver Somente
das Lembranças.
Dai o Projeto em Trazer
de Volta a Historia
Daqueles que Viveram
Entre Nós e os que Ainda
Vive.
Dia desse ao Lembrar da
Dona Dió,Lembrei-me de
uma Passagem Engraçada
que Aconteceu-me num
Certo dia,Gostava de Ir à
Cerâmica do seu Ulisses
Apanhar Barro para Fazer
Bolas para Usar no Bodoque
para Tocar as Bais na Roça
de Arroz do meu Pai.Estava
com o Ceca, o Motorista da
Família em frete à Casa da
Dona Dió,Conversa vai,
Conversa vem,Eis que de
Repente,Dona Dió Aparece
na Porta e Grita,ô Ceca!o
Ceca Colocou as Mãos na
Cabeça e disse,Minha
Nossa Senhora!Venha Cá
Ceca!o Ceca disse já não
Aguento Mais!lhes
Indaguei,o que Foi?Ele
disse,já não Aguento mais
de tanto Andar!Vá  à Casa
da Deraldina Buscar a
Roupa!Ceca falou,tô
Lascado!Olhe o Tamanho
da Caminhada!Saindo
logo em Seguida,
Resmungando é Claro.
Um Detalhe,a Casa da
Deraldina ficava lá pelas
Bandas do Campo de
Aviação,Donde é Hoje a
Feira Livre,ou seja,uma
Caminhada e Tanto.
Naquela Época a Sociedade
Ainda não Tinha Sido
Acometida pela Tal Onda
da Motocicleta,ou seja,as
Motos,isso Era coisa Rara
por Essas Bandas.
O Maximo que Tinha Era
Algumas Bicicletas,as
Pessoas Tinha que fazer
Uso da Caminhada para
Resolver Certas Pendências,
não Tinha Outra Maneira.
Era Comum as Famílias
que Tinha um Certo Padrão
Ter uma ou Duas Pessoas
para fazer os Mandados,ou
seja,as Tarefas.
O Ceca Era uma dessas
Pessoas,por uma Boa
Paga,Estava Sempre a
Disposição,Tanto como
Portador dos Recados,
como Motorista,Era Pau
pra Toda Obra,não Ficava
Parado.
Dado que,Em Tempos
Modernos,em que já não
se Anda Mais a Pé,pois as
Motos Taxi Esta Sempre a
Disposição,Bate uma
Saudade Danada Daqueles
Tempo,os Tempos da Boa
e Velha Caminhada....

Raimundo Sucupira