sábado, 22 de junho de 2019

MOCÓ NO LAJEDO

Caro Amigo,Em Minhas Andanças
pelo Sertão,São Muitas as Coisas
Boas que Aconteceu-me,as Figuras
Fantásticas que Tive o Prazer de
Conhecer,Sem contar com as
Inúmeras Historias em que Elas
Fizeram Questão de nos Contar,as
Prosas,em fim,tudo aquilo que só
Aqui no Sertão se Vê.
Dia desse ao ser Acometido pela
Melancolia que neste Mundo
Moderno Tornou-se Constante,cá
na Cidade,Peguei os Apetrechos e
Embrenhei-me em meio ao
Sertão.
Depois de Andar por Várias e
Cansativa Léguas,perdi as Contas
do Quanto Andei,Pegando uma
Estradinha Estreita,depois de
muito Andar,do alto de uma
Colina Avistei ao Longe ao pé
da Montanha uma Casa Branca.
Ao ver Aquela Cena,Fiquei um
Pouco Curioso em Saber Quem
Seria capaz de Morar num Lugar
Daquele,um Lugar tão Longe da
Civilização.
Tratei logo de Apertar os Passos,
Depois de muito Andar,eis que
Vi-me em Frente a uma Cancela.
Mais em Cima a Dita Casa,Bem
Construída,Estrategicamente ao
pé da Montanha,ao lado de um
Pequeno Riacho.
Uma Casa Comprida,uma Porta
e 6 Janelas,ao chegar à Porteira,
Daquelas cujo os dois Morões
são Furados,os Paus passam por
dentro dos Furos,no Outro os
Furos vão só até a Metade,é só
puxar de um em um para que a
Porteira se Abra.
Antes de Meter a Mão na dita
Porteira,fui Recebido por 4 ou
5 Cachorros Ferozes cujo o
Latido Ecoava por todo o
Vale.
Ao mesmo Tempo um Moleque
Apareceu Raiando com os
Cachorros,Chegando até a
Porteira com o Chapéu de palha
em Mãos.
Perguntei ao Moleque se poderia
Entrar,Respondeu-me que Sim,o
Acompanhei até a Casa,ao Entrar
fui Recebido pelo seus Moradores,
o Dono Seu Floriano que logo
tratou de Apresentar a Dona
Mariquinha,a sua Esposa,Sentada
numa Cadeira de Balanço a
Matriarca sá Donana,logo em
seguida veio os Agregados,o
Sabino,logo atrás meia Acanhada
a sua Companheira,ele foi logo
dizendo,essa é a Zabé,tinha mais
o Filho Quincas,Este já tinha
Conhecido,ao Abrir-me a dita
Porteira.
Todos devidamente Apresentados,
o Velho Convidou-me para sentar,
Sentei-me num Velho Estrado ele
Sentou numa Cadeira de Couro,
antes do Café uma Caneca
D,Àgua,porem,não via a Hora de
Puxar a Prosa,logo fui lhes
Indagando se não tinha Historias
para Contar.
O Velho Apontou para o Morro
dizendo,vou lhes contar a
Historia do Mocó.
Lá naquela Pedra tem muito
Mocó,um dia deu vontade de
Comer um Mocó,pequei a Rabo
de Cotia e fui lá na Pedreira
Matar um.
Cheguei lá Amoitei atrás de uma
Pedra,fiquei Esperando o Bicho
Sair,depois de muita Espera,eis
que Saiu um Rebanho,Caprichei
na Pontaria,Antes de puxar o
Dedo,Alguma coisa Espantou o
Bicho,fiquei Danado com Aquela
Bramura.
Sai para ver o que Assucedeu,
numa  Pedra ao lado um Moleque
Sentado,Preto que chegava
Alumiar,Ainda Mangava de
de mim,Gritei,o que tú fez
Safadana!Quando pisquei o
Olho o Danado do Moleque
Sumiu como Fumaça.
Só Ficou um Cheiro danado de
Enxofre,nessa Hora deu um
Arrepio Danado.
Não Apareceu mais nenhum
Mocó,voltei para Casa com a
Capanga Vazia,Dando uma
longa Rizada,disse,não me
pergunte Quem era, por que,eu
Também não sei Quem era o
Moleque.
A Prosa comeu solta entre um
Café e Outro,foi longe,até que
chegou a Hora da Despedida,
com a Promessa de voltar mais
um vez.
Dado que,essas são mais uma
das Inúmeras Historias que inda
hei de lhes contar,faz Bem e
trás um Certo Alento a Alma....

Raimundo Sucupira



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