quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

SERTÃO

Água fresca no
Caco,
pinto ciscando
no monturo.
Espiga de milho
no Saco,
tora cortada no
escuro.
Carro de Boi
encostado,
Boi fugido no
tronco.
Tira de couro
esticado,
do chiqueiro se
escuta o ronco.
Lenha cortada
num canto,
fogão com brasa
ardendo.
Café quase
pronto.
leite na chapa
fervendo,
Esse é o meu
Sertão,
o tempo passa
sem pressa.
Em cada palmo
de chão,
o Amigo vai ter
uma surpresa.

Raimundo Sucupira

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