quinta-feira, 21 de julho de 2016

ÁGUA DE CALDEIRÃO

Caro Amigo,a Amizade,segundo
os Antigos,é o maior de
todos os Bens;Tão Necessário à
Vida como a água,o Fogo e o Ar,
é para o Homem o que para a
Natureza é o Sol.
Há certos momentos nessa Vida
que isso nos perece claro,dia
desse ao ler um Livro que
tratava do Assunto,lembrei-me
de algo que aconteceu-me Anos
atrás.
Ainda Menino,com 10 para 11
Anos,peguei o Embornal que a
Mamãe tinha feito para Mim,o
dito cujo estava pendurado ao
torno na Parede do quarto onde
Dormia,Enchi o Embornal de
Pedras,passei sera de Abelha na
embira do Bodoque,embrenhei-
me no Mato.
Uma Capoeira fechada,a procura
de Passarinhos,a Empreitada era
tão grande que nem vi o tempo
passar.
Depois de andar a Manhã inteira
pelo Mato,vi que estava perdido,
com as pernas doendo de tanto
andar,a Garganta seca,clamava
por um gole d,água.
Atordoado,já não sabia o que
fazer,sentei-me sobre a sombra
de uma moita de Tatarena,eis que
escanchou se a minha
frente um Velho Vaqueiro.O dito
cujo indagou-me,o que estava
acontecendo!desse que estava
perdido e com muita sede!depois
de um breve Silêncio,o Velho
Vaqueiro desse-me fique aqui,que
já volto!tratei de obedecer!em
poucos minutos estava de volta.
Do alto do seu Alazão,o Velho
Vaqueiro estendeu-me as mãos,
tendo entre elas o Chapéu de
Couro,ao Receber o dito cujo,vi
o que tinha dentro do Chapéu já
bem surrado,Água Fresquinha.No
mesmo instante matei a Sede que
estava a me castigar.
Alem de tudo arrumei um bela
garupa que levou-me até a saída
do Mato.
De modo que,ao sair daquela
fatídica Aventura,vi o quando é
bom ter um ombro Amigo por
perto,que há momentos em que
um Gole d,Água vale mais que
Ouro em pó.Eita Sertão que
quero Bem....


Raimundo Sucupira

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