quinta-feira, 7 de julho de 2016

TIRO PELA CULATRA

Caro Amigo,a Modernidade é
uma certa Ilusão deliciosa que
se apodera da Alma,que lhes
faz esquecer todas as Dores,
todas as Inquietações,todas as
passagens da Vida,porem,só
não é capaz de apagar as
paginas da Mente.
Dia desse ao sair pelo mato a
fia de arejar um pouco a
Cachola,dei de cara com um
senhor que carregava sobre os
ombros uma velha Chumbeira.
Ao vê aquela cena,não pude
deixar de lembrar dos velhos
Tempos,lá pelos Anos Setenta,
meu Pai faz um Roçado,ao
lado do Roçado meu Pai
cedeu um lugarzinho para um
velho Amigo colocar um para
ele.
Este Amigo atendia pela
Alcunha de Manoel,para os
chegados,Manelim.Manelim
era um Sujeito Baixinho,porem
Trabalhava feiro Gente Grande.
O Roçado era perto um do
outro,o que permitia a conversa
entre os dois,meu Pai e seu
Amigo Manelim.
Todos os dias ao por do Sol,
Manelim ia em Casa que era
perto do Roçado,voltava com
a Lazarina que era bem maior
que o dito cujo.Se acoitava
numa Chocha feita de Ramos
de são João feita ao lado dos
pés de Aroeiras que ficava logo
a frente do Roçado.
Manelim ficava a espera das
Verdadeiras que Empoleirava
nos pés de Aroeiras,quando as
Pombas chegava em poucos
minutos só se ouvia o detono,
quando isso acontecia,a fumaça
encobria a Chocha.
Meu Pai já sabia o Resultado,
gritava de cá,matou seu Manel!
ele Respondia de lá,não seu
queno!a danada foi se Embora!
meu Pai dava Gaitadas,era
grande a gozação.Para a
felicidade das Pombas que
acabara de chegar para o seu
descanso,o Baixinho metido a
caçador era Ruim de Pontaria.
Dado que,ao folhar certas
paginas da Mente,nos bate uma
saudade danada daqueles velhos
Tempos,o que nos deixa mais
triste,é saber que são coisas que
não voltam mais,só mesmo na
Lembrança.Eita Sertão que quero
Bem....


Raimundo Sucupira

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