quinta-feira, 18 de maio de 2017

CHORO NA TENDA

Caro Amigo,Donde vem aos
Homens esse gênio
Repulsivo e Selvagem,que o
faz Esquecer se das coisas
boas que lhes aconteceu?que
os afastam do Tempo mais
feliz e doce da sua Vida.
Há talvez,Pessoas que,
Insensível a todos esses
Princípios,só encontra
Ventura no Convívio com a
Modernidade.
Dia desse ao passar em
frente a um moderno Salão
de Beleza,deparei-me com
algumas Pessoas parecendo
 Astronauta devido aos
Apetrechos que estavam a
usar,ao vê aquela cena,não
pude deixar de voltar no
Tempo.
Naquela Época,não era
Salão de Beleza,mas TENDA,
a mais Famosa e Alegre era a
de MIGEZIM.
Lembro-me bem um dia em
que fui a Tenda de Migezim
cortar o Cabelo,ao chegar a
Porta dei de cara com uma
Cena Estranha para uma
Criança.
Seu Melé numa Cadeira
tocando o Bandolim,na
outra Cadeira seu Edegar
Viana tocando o
Cavaquinho,num Banquinho
ao meio,Migezim tocando
o Violão.
Nem ao menos Olharam
para mim,fiquei de pé a
espera,pois naquele tempo
Criança não costumava
interromper os Adultos.A
minha Salvação foi seu
Maroto que ia passando
com um Balaio cheio de
Batatas vindo do seu Sitio
ao lado do Açude do velho
Zabumbão.
Seu Maroto lhes fez o alerta,
Olhe o Menino esperando
para cortar o Cabelo Homem!
ai ele veio atender-me,coloco
me sobre uma velha Cadeira,
Apanhou-me pelo Pescoço,
logo senti a Maquina Cega a
mastigar o Cabelo,uma dor
dos Diabos.
no meio da Labuta,entre
uma mordida e outra na
língua,o Velho Barbeiro
Indagou-me,com
Pimpão,ou sem Pimpão?a
dor era tamanha,que nem
Respondi,não via a hora de
sai daquele Martírio,ou
melhor,da Labuta acabar.
Cabelo cortado,de volta para
Casa todo feliz,porem,ainda
tonto,devido ao Barulho da
Maquina.
Dado que,diante da Inevitável
Modernidade,fica difícil fazer
certas Escolhas,nem sempre
elas nos trás a tão Sonhada
Felicidade,porem,ela pode
estar nas coisas mais Simples
que ás vezes deixamos de Lado...


Raimundo Sucupira


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